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Quando a desonestidade prevalece

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Sábado, 13 de setembro de 2008, encontrava-me na casa de um amigo às 23:45hs preparando-me, juntamente com ele e sua esposa, para irmos ao baile da cidade, em comemoração ao aniversário de Sinop.
Quando saímos de sua casa verifiquei que haviam batido em meu veículo, cuja lateral dianteira direita ficou totalmente amassada.
O que fez o causador do acidente? Simplesmente desapareceu sem tomar qualquer providência para saber a quem tinha causado um considerável prejuízo. Isso é pura desonestidade, é falta de caráter e de retidão. Mesmo que não tivesse condições de arcar com o prejuízo, bastaria ser sensato e procurar o proprietário do veículo ou deixar um bilhete no pára-brisas para se desculpar. Com certeza eu aceitaria o pedido de desculpas e acionaria a companhia seguradora para que ela arcasse com os custos do conserto de meu veículo.
Entretanto, esta não foi a atitude do causador do dano, simplesmente desapareceu. Com certeza, se eu quisesse, facilmente localizaria o indivíduo desonesto que causou o acidente, diante das evidências existentes, mas não quero ter este desprazer. Prefiro arcar com os custos do conserto do veículo do que ter que me postar a frente de pessoa sem nenhum senso de honestidade, grandeza de espírito, portador apenas de hipocrisia barata.
Pessoas como esta, infelizmente existem aos montes. São aquelas que querem levar vantagem em tudo, praticantes da Lei de Gerson.

Dizem os mais velhos, que educação vem de berço, não se consegue na escola e nem se compra em supermercado. Não adianta ter posses materiais, pois ela não será indutora de educação. Esta só se consegue através da vivência familiar, da honradez e hombridade, características típicas das pessoas de boa-fé, os chamados honestos.
Interessante frisar, que esta é a terceira vez que sou brindado com este tipo de problema. A primeira vez foi no pátio de um supermercado da cidade, quando meu veículo não tinha ainda nem mil quilômetros rodados e foi atingido no pára-lamas direito traseiro por um desavisado que, certamente, não tinha a habilitação suficiente para dirigir, pois, conseguiu atingir o meu veículo, mesmo tendo espaço suficiente para manobrar o seu. A segunda vez foi em frente a um restaurante da cidade, quando um espertinho, com seu veículo munido de “rabicho”, acertou a dianteira do meu, quebrando a grade, amassando completamente a placa e avariando o pára-choques.

Nas três oportunidades não tive o desprazer de saber quem foi o causador do dano, pois, todos eles, espertinhos como são, evadiram-se do local, sem deixar pistas e, achando que mais uma vez tinham levado vantagem sobre alguém.
De se perguntar? Será que Sinop está repleta de pessoas desonestas? Certamente que não, pois, a maioria que aqui reside, são pessoas ordeiras, trabalhadoras e dignas de serem chamadas de honestas. Mas, como em todo lugar, existem os “espertinhos”, os que acham que o mundo é dos espertos.
Nestes casos, melhor é arcar com os prejuízos materiais, do que ter o desprazer de conversar com elementos como estes, que não valem um minuto de prosa.

Carlos Roberto Previdelli é advogado em Sinop

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