Quando eu digo que o mundo é um moinho, não estou me referindo à música do cantor e compositor Cartola, muito menos plagiando sua magnífica obra, mas sim, ressaltando a ciranda contínua do dia-a-dia de cada um, e suas verossimilhanças com o dom da crueldade humana. Recentemente escrevi com exclusividade para este jornal sobre as desavenças ou conflitos entre pais e filhos. Fato este que, quer queiramos ou não, sucede-se sucessivamente sem cessar em quase todas as famílias, e não apenas no Brasil. O assunto a ser debatido aqui não se trata de pais e filhos, mas, no mínimo é tão preocupante quanto o artigo referido. Quero convocar a sociedade a refletir sobre um problema novo e que foi divulgado nos meios de comunicação: assassinato virtual. Por conta desse fato novo, começo meu artigo com uma perguntinha básica: por que o mundo não se dá a oportunidade de ser feliz e conviver em fraternidade?
È bem correto pensar que a Internet veio para facilitar, minimizar e equacionar o dia-a-dia de todos, encurtando, inclusive a distancia entre parentes e amigos. Entretanto, não é bem isso que passa na cabeça de alguns… digamos, imbecis, só pra ser sucinto. O disparate da inconveniência gira em torno da criatividade do bandido em produzir o mal, como se ele, o “mau”, fosse algo natural. A Internet tem sido utilizada pelos bandidos como arma para induzir o suicídio em suas vitimas. É mais um problema que a sociedade desconhecia e que terá que se preocupar daqui pra frente.
Em si tratando de “Problema”, eu costumo dizer que ele, o tal “Problema”, é chato, incoerente, indecoroso, indelinquente, e desagradável por natureza. E tem mais: ele entra na sua casa, no seu escritório, gabinete ou qualquer outra estação, sem pedir licença, sem ser convidado, e independentemente do clima e da hora. É um tremendo “vaga-lume de galocha” quando pretende sê-lo. O pior de tudo é que ele é que esse tipo de crime, voltando ao assunto, é mais do que bárbaro. Imagine levar alguém a pensar que a vida não tem valor, que os outros só querem sua desgraça e que, se você se matar, irá descansar sua alma e o seu corpo. Este assunto parece estar ultrapassado, pois os fatos ocorreram ha uma ou duas semanas, mas não está. É sempre “bom” estar falando de crimes dessa envergadura, para que as autoridades não se esqueçam de que estamos preocupados, aguardando uma resposta do que está sendo feito pelas autoridades para solução do problema.
O mau é como o vento que corre em diversas direções. Outro assunto que tem o mesmo teor de gravidade são os desvios de verbas do PAC, (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal. Até o momento, a Polícia Federal já notificou mais de sete Estados brasileiros e o Distrito Federal. Às vezes eu fico a pensar quem é o pior bandido: aquele que usa a caneta para roubar o dinheiro público, por considerarem que ele não pertence a ninguém, ou aquele bandido que pratica seus crimes (estupros, homicídios, assaltos à mão armada, seqüestros, etc…), muitas vezes embalados pela angustia da desigualdade, discriminação social e complexo de inferioridade, fatos esses que podem ser considerados os torpedos de seus traumas psicológicos?
O filósofo costuma dizer que não existe problema sem solução, porém, quando essa solução anda na contra-mão aos anseios de uma minoria burguesa, a justiça, o desenvolvimento social, o desenvolvimento econômico e cultural de uma nação, se degrada aos limites de esquizofrenia irônica.
Gilson Nunes é jornalista e técnico de T.I.