Em um momento da história
o governo de um povo convocou:
“É preciso ocupar o que é nosso”
Para formar a linha de frente,
gente de coragem está ali presente.
Era preciso deixar parte das famílias,
sair na estrada e fazer dezenas de milhas.
Heróis sem medalhas caminharam confiantes,
foram doenças, dificuldades e perigos constantes.
Doloridas foram as baixas do caminho,
malária, morte e distância deixava este povo sozinho.
O apelo do governo empurrava,
a vontade de vencer ali estava.
Milhares de vidas em jogo arriscado,
para conquistar soberania de um Estado.
Milhares de quilômetros media a frente,
mas isto não segurava aquela gente.
Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocatins e Pará,
só muita coragem e sangue nas veias para não desanimar.
É lenta, mas passo a passo a conquista caminhava,
sob a cruz do trabalho e sofrimento a vida se alinhava.
Quarenta anos se passaram de batalha,
e este povo se torna merecedor de medalha.
Não, não é isto que vejo decepcionado,
onde está o governo e meus irmãos do passo?
Nos traíram, nos abandonaram,
dos legítimos ideais desertaram.
Trocaram esperança e razão por dinheiro,
pelos interesses e demagogia do estrangeiro.
Olhar para traz e sorrir não consigo.
Da minha pátria sou inimigo,
não é outro país que esbraveja,
é o meu povo que me apedreja.
Queremos a floresta sustentada,
água e fauna preservada,
nosso direito de 50% transformar,
e do progresso deste país participar.
Ah! Brasil de um povo herói..pátria amada
não permita que traidores te armem esta cilada.
Ah! Meu Deus que a este país tens abençoado
Faça-os ver. Produzir comida não poder ser pecado.
Paulo Bellincanta é empresário