No decadente Império Romano, os senadores implantaram os banhos coletivos nas termas do prédio do senado, que virou o maior antro da sacanagem, ali valia de tudo, hetero, homo, sadomasoquismo etc, e o maior exemplo que deram ao povo foi a votação secreta que nomeou o cavalo Bucéfalo que pertencia ao Imperador Calígula, senador do Império. Nada que se compare ao Senado Brasileiro. Ainda não implantaram as termas, mas já existem madames que foram denunciadas pela imprensa que alugam espaços e pessoas para festas parecidas. No caso do cavalo … não se sabe. Mas, a atitude que os senadores brasileiros tiveram na votação que absolveu o presidente do Senado, nos leva aos tempos romanos.
Ora, se após a comprovação das denúncias e a devida autencidade dada pela Polícia Federal, os legítimos representantes do povo no Senado absolveram o réu, só nos resta ver a notícia que o Fernandinho Beira Mar será inocentado de seus crimes. Como a votação foi pelo modo mais escuso que há, sistema secreto, em sessão secreta, não sabemos quem votou a favor da absolvição, mas como o que vale é a maioria, imaginamos que antecipadamente ocorreu um acerto entre os votantes: parte votará a favor do réu e a outra parte vota contra e alguns se abstem (se negam a votar). Dessa forma ficará fácil dar uma justificativa ao povo (incauto) dizendo que foi a vontade da maioria. Dai, temos a concluir que se o réu fosse condenado, faltaria ventilador para espalhar a m…, e então o melhor foi absolvê-lo, assim todos ficam bem. Cabe aqui uma pergunta: Como vou explicar ao meu filho de sete anos o que é honestidade? Como vou ensiná-lo a não ser corrupto, se locupletando com dinheiro público? Que modo deve usar para mostrar-lhe o que é certo ou errado? Os exemplos que devo mostrar-lhe devem ser de outros países, como o Japão, onde o cidadão se suicida para não ser constrangido, simplesmente porque lhe foi imputada uma denúncia de corrupção, que nem fora provada. Outra pergunta, para que servem os senadores da república? Quando nos dão só maus exemplos. A grande maioria é parte de uma quadrilha que rouba, mata, engana e não declara corretamente o imposto de renda, além de ter suas contas pessoais pagas por lobistas, principalmente as despesas e contas das amantes. Este é o exemplo que a maioria absoluta do Senado Brasileiro nos ensinou nessa quarta-feira 12 de setembro de 2007.
Eldo Sontag é administrador, secretário Executivo do Sindilat-MT e superintendente do Instituto de Pesquisas do Leite e Seus Derivados Erminio Duca.