O quê o sinopense tem contra a calçada? Alguém pode me dizer,tentar me fazer entender o motivo de tanto averssão por àqueles cinco metros de largura,que tanto protege a sua integridade física?Vocês já perceberam? As pessoas de nossa cidade não andam em calçadas.Preferem andar nas ruas. É um absurdo! Ás vêzes tomam conta de uma pista inteira,quatro ou cinco,lado a lado. Será que é só em Sinop que acontece essa barbaridade? Já imaginou essas mesmas pessoas na avenida Getúlio Vargas ou na Prainha em Cuiabá? Vão, no mínimo, ser todas atropeladas. Eu tentei fazer a minha parte,parando,explicando do erro e suas trágicas consequência. Qual nada. Desisti de lutar contra a falta de educação das pessoas depois de tanto minha esposa se queixar e minha mãe se virar no túmulo de tanto xingamento.Ontem, voltei à carga. Não era para menos,pois uma jovem senhora passeava com seu bebê no carrinho,no meio da rua.No meio da rua,isso mesmo.É o caos. Dos ciclista,então nem se fala. Para eles não existe mão e nem contramão.tudo é deles. As rotatórias servem somente para os carros diminuírem a velocidade, já que os motoqueiros jamais fazem isto. Parece que àquela placa escrito PARE não tem em haver com eles. Talvez seja por isso que quase todo dia um deles sofre um acidente.
Como se muda este quadro? Honestamente não sei. Penso que o binômio orientação-prevenção talvez seja uma das possibilidades. Como fazer? Penso que devemos usar as escolas e a guarda municipal para tal fim.Temos que vizar os jovens,necessariamente. Não se muda conceitos alicerçados em adultos. As multas,não como instrumento arrecadador,mas sim,punitivo,tem elevado poder de aprimorar conceitos. Em Cianorte ,no Paraná, também havia um sério problema com ciclistas. A população foi instruída para que após determinado dia, os ciclistas que trafegassem em calçadas, na contramão ou cometessem qualquer outra infração,teriam suas bicicletas presas e somente liberadas depois de pagamento de uma multa de trinta reais. Pronto. Foi o que bastou. Quando as pessoas têm que colocar a mão no bolso para pagar pelos seus erros,elas normalmente aprendem.
Geraldo Destefani é odontólogo em Sinop