Na semana que é comemorado o dia (29) internacional da onça-pintada, Mato Grosso se estabelece como um dos principais pontos da população do maior felino das américas. Nos municípios de Barão do Melgaço e Poconé se encontram dois dos maiores locais para avistamento do animal, em áreas preservadas e que recebem diariamente turistas de vários locais do mundo.
Para conservação e entendimento da emblemática espécie, equipes de várias entidades lutam diariamente para preservação do felino, mantendo a distância no monitoramento para evitar interferências na natureza, além de travar uma batalha contra a caça ilegal do animal . Ao Só Notícias, o guia de turismo e graduado em gestão ambiental, Ailton Lara, explica a importância em desenvolver a educação ambiental com os visitantes.
“Meu trabalho é desenvolver conservação através do turismo, o trabalho que eu faço é educativo. Me sinto com uma ponte que conecta as pessoas aqui no Pantanal e estudo a história natural justamente para compartilhar com as pessoas, pois elas preservam quando conhecem. Eu estou aqui mostrando para que as pessoas conhecem e preservem o bioma e recebo turista de todo o mundo”, explicou.
Com mais de 119 mil seguidores em uma rede social, Ailton divulga diariamente encontros ‘frente a frente’ com onças pintadas, na região de Poconé. “A conservação é a educação ambiental, a raiz é justamente a educação. Para educar não basta falar, tem que mostrar para que elas comecem a associar o animal com o sentimento, que também tem vida, como o ser humano. A partir do momento em que a pessoa passa a associar começam a se preparar para isso”, concluiu.
O guia de turismo, Arruda Branco, também é conhecido por registrar diversos momentos curiosos do animal, desde ataque as presas e momentos mais tranquilos. “Eu comecei a gostar de tirar fotos. Arrumei um equipamento e eu mesmo tiro minhas fotos e tem muito registro do dia a dia, pois estou todos os dias na região. Cada dia é uma onça diferente, amo o que eu faço e agora quando a gente para nas férias eu fico quase louco na cidade”, revelou, ao Só Notícias.
O profissional explica que apesar dos encontros recorrentes, toda vez é uma experiência diferente. “Todo dia você acha um comportamento diferente, é uma sensação indescritível, não tem como explicar. Quando você vê aquele bicho na natureza caçando sua presa, é algo diferente e maravilhoso. Eu vejo nos olhos dos turistas, quando eles veem o animal a felicidade. A gente se sente realizado e acaba sendo gratificante trabalhar com isso”, destacou.
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