Ao longo de minha vida enquanto radialista, vi, vivi e ouvi muita coisa.
Recordo com atenção especial o posicionamento político (ou não) de algumas pessoas que á época eram pedras que batiam sem dó nem piedade contra as vidraças do executivo e do legislativo; hoje são as próprias vidraças.
Enquanto pedra, criticavam, cobravam, exigiam. Agora vidraça, agem tal as de igual posição no passado, ou quem sabe, um pouco pior, afinal foram pedra e isso deveria ter lhes servido de escola.
Há algum tempo venho notando que há no legislativo sinopense um tratamento diferenciado em relação aos veículos de comunicação. Tal comportamento tem por base os que criticam e os que não criticam a atuação de alguns de seus parlamentares.
Oficialmente, a decisão da mesa diretora – ou de seu presidente – leva o nome de *“rodízio de mídia”; particularmente prefiro tratar o assunto pelo nome de “sonegação de informação”.
Quando falo em informação, não faço referência aos releases enviados pela assessoria de comunicação da câmara (que parece trabalhar para 4 ou cinco vereadores apenas), mas da pauta das sessões.
O posicionamento radical pune a população duas vezes. A primeira quando a atuação não condiz com a expectativa. A segunda, quando por birra de alguns vereadores, não tem acesso às informações (no veículo de sua preferência) sobre os assuntos a serem discutidos nas sessões.
Por fim, saber receber e assimilar uma crítica é o mínimo que se espera de alguém que ocupe cargo público, sobretudo quando este alguém foi crítico no passado.
* Uma coisa é fazer propaganda (mídia), outra coisa é informar; facilitar a informação.
Clayton Cruz é Jornalista, e escreve diariamente no Imprensando .