O agronegócio brasileiro passa pela maior crise de sua história.
Mato Grosso, maior produtor de grãos e detentor do maior rebanho bovino do país, sente como nunca os reflexos desta situação em sua economia.
Crise acima de tudo, de falta de competência – não dos produtores, que nos últimos anos alcançaram índices de produtividade e tecnologia considerados os mais altos do mundo, e foram e continuam sendo os responsáveis pelos números favoráveis do superávit da balança comercial brasileira tão divulgados pelo canto de sereia da equipe econômica do presidente Lula.
Faltou e falta competência a este governo que embora avisado das conseqüências de sua política nefasta para o agronegócio, nada fez, e ainda insiste em sua postura arrogante e maquiavélica. Sinalizando através do seu ministro da agricultura Roberto Rodrigues, considerado antes como uma esperança do setor e confirmado hoje apenas como um fantoche político apegado aos salamaleques do poder, medidas ineficazes e demagogas, enquanto milhares de agricultores e pecuaristas são expulsos da atividade, levados à falência por estas ações e pela omissão do mandatário da nação.
O governo do presidente Lula está fazendo sua política social nas costas do homem do campo. Nunca os alimentos estiveram tão baratos neste país. Seria ótimo para toda a sociedade se esta política não estivesse matando a galinha dos ovos de ouro, destruindo a renda e a capacidade de continuar produzindo do setor agrícola.
Só quero lembrar ao nosso digníssimo alcaide federal, senhor Luiz Inácio lula da Silva, e a toda a sociedade urbana brasileira, um antigo e sábio ditado popular que diz: “se algum dia por uma razão qualquer, as cidades forem destruídas, os homens do campo as reconstruirão, mas se acaso o campo for destruído, as cidades perecerão.
Clayton Arantes -diretor executivo da Xingu cine vídeo
produtor rural e líder ruralista na região de Sinop