O juiz Jeferson Schneider, da 5ª vara federal de Mato Grosso, converteu as prisões em flagrante de Olair Correia, de 41 anos, e Danilo José Ribeiro de Souza Pinto, de 27 anos, para prisões preventivas (tempo indeterminado), requeridas pelo Ministério Público Federal, e autorizou acesso aos dados telefônicos dos aparelhos celulares apreendidos com os dois.
Eles são acusados de atearem fogo em um carreta graneleira na BR-163, utilizando garrafas pets contendo combustível, causando incêndio criminoso, com objetivo de bloquear a rodovia, e um deles portar arma de fogo. Na decisão ainda é citado o crime “dentro do contexto das manifestações contrárias aos resultados das eleições”.
“Em razão da necessidade de se resguardar a ordem pública, sob os fundamentos da gravidade concreta do crime, da periculosidade social dos agentes e da possibilidade concreta de reiteração criminosa, entendo que somente a prisão preventiva poderá preservar a ordem pública, pois qualquer outra medida cautelar revela-se insuficiente para resguardar a ordem pública”, decidiu o juiz.
O magistrado decretou o “afastamento do sigilo de dados telefônicos e telemáticos dos objetos constantes nos itens 5 e 6 do auto de apreensão, franqueando à autoridade policial e aos peritos criminais o acesso aos registros e informações das comunicações e mensagens de qualquer natureza, voz, texto e imagem, inclusive e-mail, enviadas por qualquer meio ou programa, no aparelho celular e respectivo chip”.
Conforme Só Notícias já informou, os dois suspeitos foram presos em flagrante, pela Força Tática da PM, no bairro Jardim Umuarama, na última segunda-feira. Na caminhonete com mesmas características da usada em ataques, foram apreendidos pistola, dois carregadores, nove galões com gasolina, quatro isqueiros, três facas, facão, duas sacolas com estopas, celular, estilingues, duas chaves de boca e dinheiro.
Em depoimento na delegacia de Polícia Federal, os dois suspeitos permaneceram em silêncio. Em seguida foram conduzidos ao presídio Ferrugem.
O motorista da carreta Mercedes-Benz preta atacada na segunda-feira, no final da manhã, foi obrigado a parar no acostamento, o cavalo mecânico desengatado intencionalmente e ateado fogo mas foi debelado por terceiros que auxiliarem o motorista.
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