O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, defendeu, no Egito, na conferência mundial do clima, que a indústria é parte fundamental no processo de descarbonização e que o Brasil e Mato Grosso já tem exemplos sólidos que servem de modelo para o resto do mundo. Ele acrescentou que o país tem como vantagem o potencial para ampliar a capacidade de geração de energia limpa e a competitividade brasileira em termos de produção de alimentos.
Gustavo Oliveira e demais dirigentes de indústrias brasileiras, do exterior e lideranças de entidades foi discutir as oportunidades de negócios e de investimentos voltados à descarbonização da economia brasileira. Participaram da abertura o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o ministro do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler, e o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira Osmar Chohfi.
O presidente da Fiemt mediou o painel sobre transição energética que contou com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e empresas. “A indústria brasileira está presente na COP porque ela tem exemplos para dar para o mundo. Enquanto os países falam de transição energética, a nossa indústria já uma das mais limpas do mundo e ainda pode oferecer novas soluções para fora”, afirmou.
O Brasil reúne as condições necessárias para ser um dos líderes globais na estratégia que busca a superação dos desafios para a transição para a economia de baixo carbono, acrescentou Gustavo. Para que consiga elevar ainda mais o percentual de participação de fontes renováveis na matriz energética (que atualmente está em cerca de 45% e é uma das mais limpas do mundo), o país conta com a promissora produção de hidrogênio verde, o desenvolvimento de parques eólicos em alto-mar para produção de energia a partir da força do vento.
Além disso, para Gustavo, é primordial o fortalecimento dos programas e incentivos para produção de biocombustíveis. O Brasil foi pioneiro no desenvolvimento e no uso de etanol e biodiesel, provando que é possível combinar a produção de combustíveis renováveis e de alimentos com o respeito ao meio ambiente.
A CNI está na COP27 para apresentar a estratégia de sustentabilidade do setor industrial, compartilhar iniciativas do setor produtivo que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir com as discussões para que o Brasil e o mundo avancem em direção a uma economia de baixo carbono, informa a assessoria da federação.