O governo do Estado apontou, em nota, que os fatos apontados na Operação Esdras, dos grampos telefônicos clandestinos, "são gravíssimos que, se comprovados após o devido processo legal, merecem a indignação de toda a sociedade mato-grossense" e "reitera que apoia desde o início as investigações sobre o que foi denominado de ‘Grampolândia Pantaneira’, tendo, entre outras medidas, instaurado um Inquérito Policial Militar, inquéritos na Polícia Judiciária Civil e sindicâncias no âmbito da CGE (Controladoria Geral do Estado) para se apurar, por exemplo, adulteração no sistema de protocolo geral do Palácio Paiaguás, conforme já manifestado em outros comunicados oficiais". Uma das revelações apontada no pedido de prisões é que um tenente coronel teria sido coagido, por superiores, a instalar uma caneta espiã em sua farda para gravar conversa com o desembargador Orlando Perri, durante a investigação, na suposta tentativa de gravar alguma declaração que poderia representar seu impedimento para continuar na ação. O tenente teria desistido da gravação e confirmado a intenção de gravar o magistrado durante depoimento para a Polícia Civil.