O GAECO protocolou, esta tarde, na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, pedido de rescisão do acordo de delação premiada realizado com o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, colaborador da primeira fase da “Operação Ventríloquo” apontando que teria omitido fatos ilícitos propositadamente com a finalidade de proteger o deputado estadual Romoaldo Júnior. De acordo com o GAECO, ao formalizar o acordo de colaboração premiada, Camargo estava ciente que uma vez comprovado que sonegasse a verdade ou mentisse em relação aos fatos em apuração, o acordo perderia o efeito e seria rescindido para todos os efeitos. Foi requerido o cancelamento de todos os benefícios propostos inicialmente ao advogado Joaquim Fábio e oferecerá denúncia pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Segundo os promotores do GAECO, a partir de conversas ambientais gravadas pelo também colaborador Julio César Domingues Rodrigues com os interlocutores Romoaldo Júnior e Joaquim Fábio, "ficou comprovado o envolvimento do parlamentar no esquema criminoso e a certeza de que o advogado Joaquim tinha conhecimento dessas informações e da participação do deputado nos crimes investigados e as sonegou quando ouvido pelo Ministério Público", informa a assessoria do MP. O esquema de seguro feito e não pago pela Assembleia teria rendido desvios de R$ 9,5 milhões, aponta o MP.