Leandro Santos Vieira foi sentenciado a quatro de cadeia, em regime aberto, por assassinar o próprio pai, Benedito José Vieira, em julho de 2011, no município de Nova Guarita (165 quilômetros de Sinop). O crime foi cometido com uma espingarda e ocorreu na residência da vítima, na comunidade Recanto Alegre.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado, Leandro e o pai haviam se desentendido várias vezes, motivo pelo qual não moravam juntos. No dia do crime, Leandro teria sido informado de que sua mãe havia sido agredida por Benedito, que ainda teria tentado matá-la na noite anterior.
“Leandro, insatisfeito com a situação, resolveu fazer justiça com as próprias mãos, o que de fato ocorreu. Por volta das 19h30, o denunciado pegou sua espingarda calibre 32, indo até a residência de seu pai, que já estava recolhido em seus aposentos”, diz trecho da denúncia, a qual aponta que Benedito não conseguiu se defender e foi atingido pelo primeiro disparo.
“Não satisfeito e demonstrando frieza, Leandro carregou novamente sua arma e efetuou mais um disparo na mesma região para garantir o seu intento homicida, ocasionando-lhe, assim, as lesões descritas no exame de necropsia, que foram causas eficientes de sua morte”, consta na denúncia.
Leandro acabou denunciado e foi a júri popular por homicídio qualificado, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Os jurados, porém, reconheceram o crime de homicídio privilegiado, que é cometido quando o acusado age por “motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima”.
Com a decisão dos jurados, o juiz Antônio Iris da Costa Júnior fixou a sentença em quatro anos de reclusão, em regime aberto. Ele ainda concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade. Leandro não estava preso.