O ex-secretário estadual de Fazenda, Marcel Souza de Cursi, acusou quatro deputados estaduais de supostamente receber parte do dinheiro desviado dos cofres públicos na desapropriação de uma área no Jardim Liberdade, em Cuiabá. Interrogado nesta sexta-feira, pela primeira vez desde que deixou a prisão, ele negou ter participado do esquema e reclamou do fato dos nomes dos parlamentares Guilherme Maluf (PSDB), Mauro Savi (PSB), Romoaldo Júnior (PMDB) e Wagner Ramos (PSD), além da prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), não estarem na denúncia. A afirmação do ex-secretário ocorreu no momento em que ele questionava o rateio dos mais de R$ 15 milhões desviados no negócio. Segundo ele, a denúncia do Ministério Público Estadual tem falhas porque os repasses “estouraram” em mais de R$ 1,8 milhão. “Esse número não fecha, esse número não bate”. ‘Eu acredito que há pessoas com foro privilegiado que estão sendo preservadas. Eu gostaria de citar, por exemplo a Luciane Bezerra’, afirmou Cursi, que também listou os nomes dos deputados Romoaldo, Savi, Ramos e Maluf. ‘Esses nomes não aparecem na denúncia!’. Segundo o ex-secretário, foram realizadas alterações no dossiê entregue por Müller. “Não estou acusando as autoridades, só que são os colaboradores, eles estão induzindo a justiça”