O juiz Fábio Alves Cardoso determinou a soltura da mulher acusada de matar Luciano Lopes de França, de 30 anos, na última quarta-feira (2), após uma discussão, em uma residência, na rua Chico Mendes, em Juara (300 quilômetros de Sinop). Segundo o relato da acusada, 28 anos, o homem estava embriagado e além de agredi-la, também desferiu um soco no rosto de sua filha, de 11 anos, segundo a Polícia Civil.
“No ponto, esclareço que o abalo à ordem pública somente é caracterizado quando demonstrada a gravidade em concreto da conduta, diante da maneira de execução do delito, ou a periculosidade social do agente, devido ao seu histórico criminal. No caso em tela, entendo que não restou caracterizada a gravidade em concreto da conduta nem tampouco a periculosidade social da indiciada”, disse o magistrado.
O juiz também citou que há indícios de que o crime tenha sido cometido em legítima defesa. “Além do mais, a indiciada é primária, possui quatro filhos menores que dependem dela para sobrevivência, e trabalha como diarista. Nesse cenário, concordando com os argumentos da defesa, entendo que a prisão domiciliar seria demasiadamente prejudicial à indiciada, que precisa trabalhar para sustentar seus quatro filhos menores, sendo mais condizente com a situação fática a concessão da liberdade provisória mediante a fixação de medidas cautelares diversas da prisão”, concluiu Fábio.
Ele determinou à mulher que não frequente bares, compareça mensalmente ao fórum e mantenha o endereço e telefone atualizados. Conforme Só Notícias já informou, de acordo com o registro policial, a mulher alegou que o homem estava ingerindo bebidas alcoólicas e “bastante alterado”. Os dois iniciaram uma discussão, quando o homem começou agredi-la, no momento em que sua filha, na tentativa de separá-los, acabou levando um soco no rosto, causando um inchaço na parte superior direita.
Neste momento, o homem foi em direção à cozinha e, então, a mulher afirmou que para impedi-lo, desferiu diversos golpes de faca. Ela foi detida e encaminhada à delegacia de Polícia Civil.
Conforme a funerária Cristo Rei, o corpo de Luciano foi transladado para Juína (477 quilômetros de Sinop), onde passou por necropsia. Ele foi sepultado em Juara.
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