O ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, depôs, para a juíza Selma Arruda, e confirmou ter feito acordo de colaboração premiada com o Ministério Público e as acusações contra ele são verdadeiras. “Trata-se de uma desapropriação de uma área e na época o então governador Silval tinha que saldar um compromisso financeiro que tinha com o empresário Valdir Piran e o governador estava procurando formas de viabilizar recursos para saldar esse compromisso e ele comentou que o procurador Francisco Lima havia comentado que havia uma área que estava pronta para o pagamento de indenização pela desapropriação”, declarou. Nadaf disse que Chico Lima lhe contou que havia um acordo com o então dono da área para devolver 50% do valor que fosse pago pela desapropriação. Ao definir o esquema com Silval, Nadaf conta que ficou responsável por sentar com cada secretário envolvido no processo de desapropriação para viabilizar a fraude, sendo necessária a participação de setores como Fazenda, Planejamento, Intermat, Procuradoria Geral do Estado. Ele afirmou que Silval concordou em reservar R$ 5 milhões do desvio para rateio entre os envolvidos. Os demais R$ 10 milhões foram utilizados para quitar dívida com Piran, o que foi feito por intermédio de Filinto Muller, à época dono de factoring. Nadaf acusou Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat) e Arnaldo Alves (ex-secretário de Planejamento) de receberem propina. Ambos chegaram a ficar presos alguns meses.