O ex-executivo da Construtora Norberto Odebrecht, Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, contou ao Ministério Público Federal, durante delação premiada, feita em dezembro passado, como o Estado de Mato Grosso conseguiu pagar para a empresa dívida de R$ 50 milhões relativa à obra da MT-010 e que, segundo ele, ocorreu mediante pagamento de propina de R$ 12 milhões, entre 2006 e 2007. De acordo com Leão, houve empenho junto ao governo federal do então governador Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura, para viabilizar um ressarcimento relativo aos custos previdenciários que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul haviam assumido com servidores federais após a divisão geográfica. A acusação do suposto esquema é direcionada ainda aos ex-secretários Luiz Pagot e Eder Moraes, já havia sido delatado por outro executivo da Odebrecht, João Antônio Pacífico, que era chefe de Pedro Leão, à época dos fatos, e rendeu inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da operação Lava Jato.