A Justiça de Sinop decidiu remarcar novamente o julgamento do principal suspeito de assassinar um adolescente de 16 anos, com um golpe de faca, em maio de 2021, na praça na praça Plínio Callegaro, entre as avenidas Júlio Campos e Acácias, no centro de Sinop. O acusado foi preso em flagrante, nas proximidades da cena do crime.
Inicialmente, o suspeito iria a júri popular no final de setembro. Porém, a visita da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Póvoas, para lançamento das obras do novo fórum, fez com que o julgamento fosse remarcado para 14 de outubro. No entanto, em razão de uma licença médica da magistrada que irá presidir o júri, foi estabelecida uma nova data: 8 de novembro.
Em decisão assinada em maio deste ano, a Justiça de Sinop definiu que o réu será julgado por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante dissimulação. Ele continua na cadeia e, se condenado de acordo com a denúncia, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Poucos dias após o homicídio, a Justiça de Sinop decretou a prisão preventiva do acusado. Ele confessou o crime e afirmou que agiu por vingança. Segundo consta no processo, os dois já se conheciam e o suspeito, que tem 21 anos, convidou o adolescente para se encontrarem na praça Plínio Callegaro. No local, começaram a discutir “em virtude de o autuado crer que a vítima teria transmitido uma doença contagiosa”.
Segundo a investigação inicial apurou, o criminoso teria retirado uma faca de dentro da bolsa que carregava e atingiu o menor com um único golpe, no pescoço. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) constatou que a facada atingiu a artéria carótida da vítima, o que a fez perder muito sangue e morrer antes de o resgate chegar.
Ao decretar a prisão preventiva, a Justiça destacou a “gravidade do crime” e as declarações dadas pelo próprio suspeito e testemunhas, que evidenciam a “necessidade” de resguardar a ordem pública. Também citou que o acusado não residia em Sinop e morava no bairro Vida Nova, em Lucas do Rio Verde.
Ao ser preso, o réu declarou à Polícia Militar que viajou apenas para cometer o crime. O adolescente foi sepultado no cemitério municipal de Nova Mutum.