AAssociação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou, hoje, uma entrevista coletiva com a imprensa para dialogar sobre o novo contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação (MEC) que, segundo a entidade, inviabiliza o funcionamento das universidades federais. Participante do evento, o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e vice-presidente da Andifes, professor Evandro Soares da Silva, destacou a recorrência da redução do orçamento da instituição, tanto em cortes na Lei Orçamentária Anual (LOA), contingenciamentos ou cortes.
“Neste ano, tivemos um corte, depois um contingenciamento. Agora, sofremos um segundo contingenciamento no empenho. Isso reflete na possibilidade de adiar pagamentos de contas de luz, água e internet porque precisamos priorizar os empregos dos colaboradores, bem como as bolsas e auxílios aos estudantes. A UFMT vai refazer as contas e fazer esse exercício no sentido de dar prioridade às pessoas e reengendrar as contas para que possamos regularizar o pagamento”, ressaltou.
O reitor também destacou que durante a coletiva foi possível apresentar os impactos do novo contingenciamento, bem como destacar a importância das universidades públicas, muito observada durante a pandemia, e a necessidade da priorização da educação seja ela superior, do ensino médio, fundamental e infantil.
O presidente da Andifes, professor Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pontuou que a universidade é a aposta no futuro tanto para a formação dos melhores quadros profissionais também para a ciência, para a cidadania, para civilidade e produção de intelectuais, fatos importantes para qualquer Nação. “As universidades são aliadas da sociedade, são integrantes do sistema de governo e, portanto, esperam ser tratadas da maneira com que possam, no seu melhor, retribuir à sociedade. Estamos trabalhando sempre para isso”, disse.
Também participaram da coletiva de imprensa os vice-presidentes professor Dacio Matheus, reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC); professor Alfredo Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e professora Marcele Pereira, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).