O ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, voltou a depor, nesta quarta, e confirmou o esquema de compra em duplicidade de uma área, em Cuiabá, que gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 7 milhões ao governo do Estado. Ele também disse ter recebido R$ 500 mil para autorizar o pagamento ilegal ao antigo dono da área. As revelações foram feitas em audiência com a juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda. Ele disse ter recebido R$ 500 mil pelo esquema por ter autorizado, enquanto presidente do Intermat, o pagamento da área de forma irregular sem seguir todos os trâmites necessários. O valor, segundo ele, foi oferecido pelo procurador aposentado Chico Lima. Afonso informou que o valor foi repassado por Pedro Nadaf em duas situações diferentes, sendo R$ 250 mil em cada uma delas. “Eu peguei e guardei no bolso, nem conferi”, disse ao explicar que pegou o dinheiro e emprestou a um amigo cobrando juro de 1% ao mês.