O investigador Wilson Cândido de Souza, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, informou há pouco, que a Polícia Civil esclareceu o assassinato da jovem Thalia Cristina Otília dos Santos, 24 anos, cujo corpo foi encontrado em 18 de julho. O acusado, de 32 anos, tem nacionalidade argentina, está foragido e a Interpol foi informada para reforçar as buscas. A justiça decretou a prisão dele.
A polícia seguiu pistas e descobriu quando a jovem saiu de sua residência, até o momento em que foi vista pela última vez, obtendo imagens do sistema de monitoramento, acompanhada do principal suspeito do crime. “Descobrimos que eles (acusado e vítima) já tinham um certo conhecimento. Thalia quanto o autor do crime trabalharam em uma conveniência situada no bairro Menino Jesus. Ali fizeram diárias nos últimos tempos, trabalharam como garçons e acabaram se conhecendo, inclusive nos testemunhas que arrolamos, amigos em comum nos confidenciaram que eles se encontraram outras vezes na própria conveniência, em momentos de lazer e folga”, explicou o investigador
“No dia em que eles saíram, vamos ressaltar o seguinte, que a própria Thalia chamou um veículo de aplicativo e pegou este veículo próximo de sua residência e dali saiu, passando perto da conveniência onde trabalharam, onde existe um ponto de ônibus na rua João Pedro Moreira de Carvalho, bem próximo ao viaduto e ali esse indivíduo já estava esperando-a. Eles partiram até a boate e lá permaneceram aproximadamente três horas”. “Estavam lá dentro, trocando carícias, bebendo, fumaram narguilé e teve até uma situação inusitada em que ela pediu para comprar um salgado e ele não tinha dinheiro e encontrou um conhecido nesse local e acabou pagando esse lanche que ele levou pra ela. Posteriormente , eles saíram desta boate, pegaram a rua Vitória e depois a Valentim Dalastra, não andaram mais que 250 metros, até o edifício em construção. Ali eles adentraram este edifício e houve toda a situação”, acrescentou o investigador.
A polícia acredita que o crime pode possivelmente ter acontecido após a jovem se negar a ter relações sexuais com o homem e foi estuprada depois de morta. O laudo pericial é aguardado para comprovação do ato. O acusado teria roubado o celular da vítima para reduzir possíveis provas.
“Agora pasmem vocês o seguinte. Ele já havia comprado a passagem para ir embora de Sinop, no dia anterior ao crime. Ele foi até a rodoviária, comprou uma passagem para Foz do Iguaçu, no Paraná. E outra coisa, ele não embarcou aqui, temendo que a polícia já estaria em seu encalço como já tinha dado o desaparecimento da menina, ele embarcou na cidade de Lucas do Rio Verde. Então, ele saiu de Sinop e embarcou em Lucas com destino a Foz do Iguaçu, no Paraná”, acrescentou o investigador Wilson Cândido de Souza.
