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O princípio da incerteza vale a pena

Claiton Cavalcante Contador Membro da Academia Mato-Grossense de Ciências Contábeis
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Estamos a menos de duas semanas do início do processo de escolha daqueles que terão a responsabilidade e serão galgados ao título de representantes do povo brasileiro.

Em que pese alguns cidadãos votantes não concordarem com tamanha responsabilidade depositada nos ombros dos representantes, fato é que eles serão escolhidos democraticamente pela maioria.

Lembro-me das vezes que voluntariamente trabalhei como escrutinador. Eu era jovem, e desde então, mesmo sem nunca ter convivido com aquilo já tinha a certeza de que se não olhássemos atentamente para o nosso trabalho, algo não republicano poderia acontecer.

Trabalhei por muito tempo amparado pelo artigo 38 do Código Eleitoral, pois para apurar os votos o presidente da Junta nomeava dentre cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores em número capaz de contar os votos depositados nas urnas, à época, de lona.

Hoje temos urnas eletrônicas. E para as eleições de 2022 elas estão mais modernas que a dois anos atrás, este avanço encaixa perfeitamente na Teoria das Restrições, onde a premissa básica é a melhoria contínua dos processos.
Eu, naquela época, quando jovem, tinha 18 anos de idade e não fazia a menor ideia que 18 anos antes perecia o ganhador do prêmio Nobel de Física, Werner Heisenberg.

Aqueles que me conhecem devem estar se perguntando, o porquê de um Contador querer se atrever em assuntos relacionados a Física, especificamente a física quântica.

Aqui vai a resposta, inclusive para os que me conhecem. Pois, além de ser apaixonado pela Física desde os tempos do ensino médio, a física quântica está impregnada em nós. E vou além, a física quântica permeia nosso dia a dia desde os tempos bíblico.

Ficou curiosa ou curioso? Pega aí sua bíblia e lá no início, no livro da Gênesis, vai ler a metáfora do discernimento demonstrada por meio do jardim com as árvores da vida e do conhecimento (Gn 2, 9).

Mas voltando ao início da nossa conversa, estamos em tempo de eleições que selecionará os possíveis mais bem preparados representantes do povo.

E é também neste período que deveríamos, além de exercer o direito do voto, exercermos também, a obrigação do controle social que é princípio constitucional, esculpido no parágrafo único do artigo 193.  Se exercermos essa nossa obrigação constitucional, fico a imaginar quão feliz ficaria Heisenberg.

Pois se assim agirmos estaremos, mesmo que de maneira inconsciente, aplicando o Princípio da Incerteza de Heisenberg que defende que quando o objeto ou situação está sendo observada ela muda de trajetória. Esse princípio apresenta a ideia de que há um limite fundamental para o que podemos saber sobre o comportamento de coisas (ações) ou objetos em determinadas situações e o máximo que podemos esperar é como os atores dessas ações se comportarão, quando observados (fiscalizados).

Moral da história. Se observamos atentos os passos e o dedilhar nas urnas tornar-se-á mais difícil nossos representantes trilharem caminhos diverso daqueles prometidos durante seus inflamados discursos eminentemente fantasiosos.

Chamou atenção o excesso de palavras no plural no parágrafo anterior? Foi proposital. Visto que o plural se refere a muitos elementos.

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