Os dois suspeitos de terem matado Everton Marcelo dos Passos, de 39 anos, chegaram ontem na delegacia de Polícia Civil de Sorriso. Eles tiveram o mandado de prisão temporária cumprido pela delegacia de Comodoro, no sábado, após o corpo da vítima, ser localizado nas proximidades de um rancho no rio Lira, próximo a MT-242, no mesmo dia, em Sorriso.
Ao Só Notícias, o delegado Eugênio Rudy, revelou que os suspeitos “exerceram o direito constitucional de ficar em silêncio”, ao serem ouvidos. Os dois suspeitos foram encaminhados a Cadeia Pública, onde cumprem a prisão temporária de 30 dias até o desfecho do inquérito policial.
Conforme Só Notícias já informou, as investigações da Polícia Civil apontaram que os três seriam amigos e o crime teria ocorrido após um possível desentendimento. “É um fato bem diferente e esdrúxulo, uma vez que eles eram amigos. Inclusive são da mesma cidade e estavam juntos naquela noite confraternizando. Saíram juntos e, ao final, tiveram esse desentendimento que infelizmente culminou com a morte do Everton”, disse o delegado Eugênio.
Rudy detalhou que Everton foi atropelado pelos dois amigos. “Começamos a investigar e captar câmeras de monitoramento e começamos a revelar o seguinte contexto. Os três realmente estavam juntos, eram amigos, só que se desentenderam. Depois disso o Everton ficou em uma via pública e os dois foram embora. O Everton ligou para eles, discutiram e eles retornaram, quando ao retornarem atropelaram a vítima e começaram a agredi-lo. Eles queriam a todo custo colocar a vítima no veículo. E isso tudo foi assistido por testemunhas”, destacou.
Os investigadores apuraram que Everton foi levado pelos suspeitos logo após ser atropelado e agredido. “Fizeram com que ele desmaiasse, colocaram na caçamba da caminhonete e saíram. Depois disso o corpo foi encontrado no sábado, onde verificamos sinais de agressão no corpo e uma ferida muito profunda no pescoço, que isso pode ter sido a causa da morte”.
De acordo com a Polícia Civil, os dois se entregaram após fugirem da cidade. “Estávamos em contato com a Polícia Rodoviária Federal e sabíamos por meios de informações que eles já estavam no estado de Rondônia. Eles estavam em fuga, logo após deixarem o corpo da vítima acredito que saíram com a intenção de fugir do estado. Mas talvez pela grande repercussão do estado eles entenderam que seria melhor se entregar”, finalizou.
O corpo do adestrador de cavalos foi transladado para Adamantina, no interior de São Paulo, onde foi sepultado.