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MP requer ao Tribunal de Justiça intervenção na secretaria de Saúde de Cuiabá e aponta decisões descumpridas

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O Ministério Público do Estado ingressou, hoje, com pedido de intervenção na área da saúde da capital por conta da  manifestação do Sindicato dos Médicos em razão do descumprimento por parte da prefeitura de uma série de decisões judiciais na área da saúde. A categoria já declarou, inclusive, estado de greve. A representação foi direcionada à presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas.

O procurador-geral de Justiça José Antônio Borges Pereira, explica que MP deixa claro que o pedido de intervenção abrange apenas a secretaria municipal de Saúde, incluindo a administração direta e indireta (Empresa Cuiabana de Saúde). A instituição apresenta várias decisões judiciais descumpridas pela prefeitura. “Diversas são as decisões judiciais atinentes à área de saúde pública que se encontram reiteradamente descumpridas pelo município de Cuiabá, com especial relevo à secretaria municipal de Saúde, sendo fator mais que suficiente para a decretação da intervenção do Estado no município para garantir sua efetividade, em harmonia com o que dispõem o artigo 35 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e o art. 189, §1º, “e”, da Constituição Estadual do Estado de Mato Grosso”, argumentou.

Ele acrescenta que a intervenção é medida menos gravosa do que um eventual pedido de prisão ou afastamento do prefeito. “Mostra-se primordial a concessão de amplos poderes para que o interventor possa bem gerir a res publica, incluindo aqui todas as facetas dos poderes, tais como coordenar, controlar, ordenar, corrigir as atividades administrativas dos órgãos e agentes no seu âmbito interno, poderes, nomear e exonerar servidores, aplicar sanções administrativas aos seus agentes pela prática de infrações de caráter funcional, dentre outros poderes imanentes à boa gestão administrativa”, diz um trecho da representação.

O MP relata que o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed) apresentou farta documentação com indícios de fraudes na contratação de empresa para atividade-fim na área da saúde do prefeitura. Noticia, ainda, uma série de irregularidades por parte da secretaria de Saúde ocorrida ao longo dos últimos anos, ao menos desde 2018 e que estariam precarizando a saúde no Município, resultando em falta de médicos, furos nas escalas médicas, falta de medicamentos, atrasos nos pagamentos dos médicos, assédio moral, entre outras, informa a assessoria.

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