A sociedade brasileira de primatologia faz em Sinop, o 19º Congresso brasileiro de primatologia, que segue até amanhã, com cursos, mesas redondas, simpósios e apresentações de trabalhos sobre os primatas. Hoje, o primatólogo e doutor Russell Mittermeier, dos Estados Unidos, palestrou sobre o tema “Primate Watching”, no parque florestal e disse que “muitas pessoas vão para o pantanal, ninguém sabe que um pouco mais para o Norte desse Estado você tem possibilidade de ver espécies amazônicas”.
Sinop está no maior ecótono tropical do planeta, uma área de transição entre o cerrado e a floresta Amazônica e, por isso, possui um bioma único que é habitat de espécies nativas. No caso dos primatas, a cidade abriga para micos, sauás, macacos prego, cuxiús, bugios, macacos da noite e os macacos aranha.
Segundo o presidente da sociedade e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Gustavo Canale, o congresso visa a conservação e a pesquisa dos primatas do Brasil e destacou sobre a localização privilegiada do município, neste caso. “Sinop está realmente nessa transição entre o cerrado e a Amazônia, isso faz com que tenha uma diversidade gigantesca, além disso é cortada pelo rio Teles Pires, o que faz com que a gente tenha espécies diferentes em cada uma das margens do rio. Por isso Sinop tem uma das maiores diversidade de primatas do Brasil e isso faz com que seja de interesse de primatólogos do mundo inteiro inclusive de turistas, conhecer uma região como essa”, afirmou.
O congresso iniciou no último sábado, conta com participação de estudiosos a nível nacional e internacional, consolida Sinop como um polo na área de estudos, turismo ecológico e contemplação de espécies, algumas encontradas apenas aqui, como o Sauá de Mato Grosso. A secretária de Meio Ambiente, Ivete Mallman, avalia que Sinop tem “uma singularidade, no nosso parque florestal, animais muito raros como é o caso do macaco aranha da cara branca, então com certeza nós fomos uma cidade beneficiada pela possibilidade de refletir sobre essa questão ambiental”.