A justiça condenou a 12 anos de cadeia um dos suspeitos de envolvimento na morte de Francisco Carlos Souza da Silva, 45 anos. O garimpeiro, conhecido como “Bacabal”, foi assassinado com um golpe de canivete no pescoço, em novembro de 2019, na Gleba Liberdade, em Matupá (200 quilômetros de Sinop).
Adenis da Silva Araújo foi levado a júri popular, na última semana, e a maioria dos jurados entendeu que ele cometeu o crime de homicídio qualificado, de maneira cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Após o veredito, o juiz Anderson Clayton Dias Batista calculou o tempo de cadeia e fez a detração dos dois anos que o réu já cumpriu.
Além disso, o magistrado fixou o cumprimento da pena em regime fechado e decidiu que Adenis deverá continuar na cadeia. “A custódia cautelar do condenado resguarda a ordem pública em razão da gravidade in concreto do delito, cometido de elevada crueldade e sem o menor respeito à vida humana, indicando periculosidade acentuada”, comentou o juiz.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, além de Adenis, um homem e uma mulher teriam envolvimento no crime, porém, o processo foi desmembrado em relação aos outros dois acusados, que não foram localizados. Desta forma, Adenis é o único julgado pelo crime, até o momento.
Uma testemunha relatou que viu a vítima e os acusados no estabelecimento comercial, onde ocorreu o homicídio. Essa pessoa contou que dois homens e Francisco foram até o fundo do estabelecimento, sendo que apenas os suspeitos retornaram. A testemunha afirmou ainda que, ao verificar a situação, encontrou o corpo da vítima e percebeu que os acusados fugiram.
Consta no processo que Adenis confessou o crime, alegando legítima defesa, já que estaria sendo perseguido por Francisco. Ele alegou ainda que a vítima estava armada no dia do crime. Ele foi localizado um mês após o crime e encaminhado para a cadeia pública de Peixoto de Azevedo (190 quilômetros de Sinop).