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Acusado de matar motorista que reclamou de barulho de moto vai a júri popular no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

O juiz Anderson Clayton Dias Batista decidiu mandar a júri popular o principal suspeito de assassinar Alcelino Santos Tavares, de 37 anos, brutalmente morto a facadas, em março passado, nas proximidades de um estabelecimento no bairro Cidade Alta, em Matupá (208 quilômetros de Sinop).

Segundo relatos de testemunhas, registrados no boletim de ocorrência, um jovem de 20 anos e a namorada dele, de 15, discutiram com a vítima, o que motivou o crime. A discussão começou após o suspeito sair de um estabelecimento acelerando uma moto Honda Fan preta, e fazendo “estalos”, prática conhecida como “cortar giro”. Em seguida, retornou e Alcelino teria reclamado, dando início a discussão, que foi gravada por outras pessoas.

Neste momento, a adolescente agrediu Alcelino com um golpe de capacete e ele reagiu com um empurrão. Diante disso, o namorado interviu e desferiu diversos golpes de faca na vítima, que correu por alguns metros, mas não resistiu e caiu, tendo o óbito confirmado ainda no local.

Um jovem, de 20 anos, e a namorada, de 15 anos, suspeitos do crime, foram pegos, horas depois, no bairro União, após trabalho de investigação da Agência Regional de Inteligência do 15º Comando Regional da Polícia Militar. Ambos foram detidos em um imóvel.

Para o juiz, o Ministério Público do Estado (MPE) conseguiu apresentar indícios de autoria e materialidade do crime. “Por tais razões, diante da prova colhida neste processo, pode se constatar que se encontram presentes a materialidade dos crimes e indícios suficientes da autoria dos delitos, razão pela qual, a pronúncia do acusado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa, em concurso com o crime de corrupção de menor, é a medida adequada”.

O magistrado ainda decidiu que o réu deverá continuar na cadeia. “Num primeiro plano, resta evidente a necessidade de resguardar a ordem pública, diante de um crime de tamanha violência. Ainda, a necessidade de preservar a aplicação da lei penal, haja vista que após os fatos o acusado tomou rumo ignorado, demonstrando a intenção de se furtar da responsabilidade penal”.

Alcelino trabalhava como motorista e foi sepultado em Matupá.

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