O segundo levantamento das intenções de confinamento, realizado em julho, projeta 647,2 mil cabeças de bovinos confinados em Mato Grosso, que representa incremento de 22,15% no comparativo com o levantamento anterior, de abril.
A segunda pesquisa das intenções de confinamento foi feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com a participação de cerca de 180 pecuaristas e foi observada uma tomada de decisão mais bem definida por parte dos entrevistados. 67% dos pecuaristas informaram que vão confinar, ante 30% que afirmaram que não pretendem realizar a engorda intensiva. Apenas 3% disseram ainda não terem definido se irão realizar o confinamento ou não.
Dentre as principais preocupações dos confinadores destacaram-se a atenção quanto à precificação da arroba do boi gordo e aos preços dos insumos, que permaneceram em alta. “Neste momento, os preços futuros têm gerado pouca valorização, e isso está limitando o confinador a adquirir mais lotes de bovinos. Sendo assim, é importante que o produtor se atente à precificação da arroba para cobrir seus custos no momento de negociar”, constata o instituto.
Os confinadores também demonstraram estar mais cautelosos diante das movimentações de mercado que ocorreram no final do ano passado, com o embargo da China para as compras de carne bovina. Isso influenciou para o aumento no percentual dos produtores (21%) que realizaram algum mecanismo de proteção para a volatilidade no preço da arroba do boi gordo.
Em relação às escalas dos animais para o abate, o levantamento aponta que grande parte das entregas tende a se concentrar nos meses de setembro e outubro (40%), como sazonalmente ocorre. Já aproximadamente 22% do volume confinado está previsto para ser entregue nos meses de novembro e dezembro.