A secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis confirmou, hoje, que há um caso suspeito de Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, sob investigação no município. O registro de monitoramento foi iniciado nesta terça-feira e o paciente é um homem de 45 anos.
A prefeitura divulgou que a equipe da Saúde já coletou amostras para exames que foram encaminhadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e também para um laboratório particular. A previsão é de que o resultado saia em até 7 dias.
Segundo a prefeitura, o homem apresenta lesões características da doença, mas até o momento sem nenhuma complexidade. Ele já está em isolamento e permanecerá até o desaparecimento completo das lesões (cerca de 2 a 3 semanas, ou até 21 dias).
O homem que está com suspeita da doença, voltou de uma viagem há poucos dias do Rio de Janeiro.
Na semana passada, a secretaria estadual de Saúde confirmou que foi notificada pelo município de Cuiabá, sobre dois casos suspeitos de Monkeypox. Segundo a pasta, os casos foram investigados pela Vigilância Epidemiológica Municipal e estão sendo monitorados. As pessoas que tiveram contato com esses dois casos suspeitos também estão sendo acompanhadas.
A secretaria informou ainda que os exames para confirmação ou não dos casos já estão no Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen-MT) e serão encaminhados para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), unidade de referência nacional para análise do material.
A secretaria destacou também que todas as medidas disponíveis de controle já foram tomadas. Segundo o órgão estadual, os casos suspeitos são leves e não necessitam de internação.
A varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no último dia 23. A decisão foi baseada no aumento de casos em vários países, o que aumenta o risco de uma disseminação internacional. No Brasil, já são mais de 900 casos confirmados.
A varíola causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês) provoca uma doença mais branda do que a varíola smallpox, que foi erradicada na década de 1980.
Trata-se de uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.