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Nova Mutum: vítimas de violência doméstica são amparadas por projeto do judiciário

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Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

O projeto “acolher e mediar” tem acolhido mulheres vítimas de violência doméstica expondo as vantagens da mediação nos casos de pensão, divórcio, guarda dos filhos ou outras situações na área cível.

Um dos recentes casos, uma moradora de Nova Mutum acabou sendo vítima de ameaças do ex-marido com quem teve 4 filhos. Para evitar que algo ainda mais grave acontecesse, ela decidiu procurar a delegacia como uma medida desesperada para “evitar o pior”. Ao ser atendida, ela foi amparada pela equipe do projeto desenvolvido no judiciário e já saiu da delegacia com os primeiros encaminhamentos para resolver a situação da guarda dos filhos e da pensão.

O projeto, idealizado pelo juiz Cássio Leite de Barros Netto e a juíza da Terceira Vara Criminal, Ana Helena Porcel Ronkoski, também colaborou na elaboração do projeto e participa das ações, que também incluem a Polícia Civil.

O objetivo do projeto é conceder às partes em situação de violência doméstica a possibilidade de uma efetiva resolução de desavenças por meio de audiência de mediação individualizada pelo Centro Judiciário de Solução Conflitos e Cidadania (Cejusc), com a finalidade de encerrar os mais diversos atritos que podem ocorrer em âmbito familiar.

“Quando separei, ele ficou com ameaça, essas coisas. Eu não ia ficar esperando, depois pode ser tarde, então fui à delegacia. Mas antes eu avisei, avisei ele, mas não estava nem aí”, descreveu, através da assessoria, uma mulher acolhida pelo projeto.  Ela procurou a delegacia e, além de ter a medida protetiva, foi encaminhada ao Cejusc para resolver como ficaria a guarda dos filhos e, por meio da mediação, chegaram a um acordo pela guarda compartilhada dos três filhos menores. O homem ainda se comprometeu a deixar de procurar a mulher.

Assim como o caso dela, foram outros 49 no último ano, todos casos de mulheres que logo na delegacia foram informadas sobre o projeto e decidiram tentar pela mediação no Cejusc. Destas, 27 tiveram acordo, 6 aguardam a audiência e 16 não tiveram acordo. A média de acordos é de 55%, o que demonstra bons resultados nesses casos.

O magistrado Cássio Leite de Barros Netto,  coordenador do Cejusc, conta que pensou no projeto ainda quando era o juiz responsável pela aplicação da Lei Maria da Penha e percebeu que conflitos posteriores à denúncia de violência contra a mulher se davam por questões como partilha de bens, pensão, ou a guarda dos filhos.

“Vimos com essa experiência que acordo acaba sendo mais benéfico porque o agressor chega na audiência mais adepto ao diálogo. Isso ajuda até mesmo à vítima a conseguir sair da espiral de conflito, pois se deixa uma questão de guarda em aberto, por exemplo, o vínculo entre a vítima e o agressor fica mais difícil”, explica o juiz.

Para o êxito da iniciativa, conta o magistrado, foi importante a participação e o engajamento de delegados que “ajudam e abraçaram a causa, pois são eles que perguntam às vítimas se elas têm o interesse de resolver as questões na área cível e eles sempre oferecem essa possibilidade, mesmo não sendo o protocolo”, declarou, através da assessoria.

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