A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande deflagrou a operação Demolição com objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida na prática de furtos em canteiros de obras de construtoras no município. Nas investigações, foram identificados integrantes do grupo criminoso, que têm passagens por crimes como tráfico de drogas e roubos, e atualmente atuam na linha de frente para ação da organização.
Um dos suspeitos identificados (que era monitorado por tornozeleira eletrônica, porém rompeu o dispositivo) foi preso ontem pelos policiais da DERF, no bairro Jardim Eldorado. Os trabalhos contaram com cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar, representação pela prisão dos autores do furto e indiciamento de receptadores. Um suspeito está foragido.
As investigações apontaram que a associação criminosa é formada por, pelo menos, oito integrantes, sendo que a liderança arregimenta os executores dos furtos, para se revezarem entre si, monitorando os canteiros de obras, com veículos diversos, principalmente motocicletas.
Para praticar os delitos, os suspeitos estudam as vulnerabilidades das construções, contratam empresas de fretes e mudanças, alegando que a obra foi embargada e que precisam retirar os materiais do local, antes do amanhecer. Usando a desculpa para convencer o responsável pelo frete, os criminosos chegam com o caminhão-baú fretado e subtraem todos os equipamentos, desde betoneira, até materiais de construção, madeira, cimento, portas e pisos.
Também foi identificado o proprietário de uma chácara no bairro Souza Lima, responsável por receptar grande parte dos materiais furtados de um canteiro de obra no bairro Santa Isabel. Segundo os trabalhos, ele pagou R$ 4 mil por materiais avaliados em mais de R$ 10 mil.
Os proprietários de casa de construção e a população em geral devem estar alertas para não comprar produtos sem comprovação de venda e os profissionais do ramo de frete e mudança que fiquem atentos a contratações fora de horário ou situações em que o suposto cliente se recusa falar antecipadamente o local que deverá ser descarregado o material.
A delegada, Elaine Fernandes de Souza, explicou que a primeira fase da operação resultou na identificação dos autores do furto e na representação das suas respectivas prisões, cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar e indiciamento de receptadores. “As investigações continuam com o objetivo de identificar possíveis empresas do ramo da construção civil e lojas de materiais para construção que possam estar envolvidas nos furtos”.