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Agricultores preocupados com falta de armazéns e milho fica a céu aberto no Nortão; “safra grande”

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Só Notícias/Kelvin Ramirez com Lucas Torres, de Sorriso (foto: Só Notícias/Lucas Torres)

A colheita da safra de milho e a falta de armazéns vem preocupando os produtores na região Norte de Mato Grosso. Quem trafega nas áreas rurais, pode presenciar que agricultores vêm sendo obrigados a colocar o milho para fora dos armazéns, já que colheita deste ano superou a do ano passado.  

“Desde quando estava 50% do milho colhidos as informações que chegavam através do sindicato é que era para até segurar a colheita pois não teria espaço e eles teriam que arrumar ainda. O que acontece é que tinha muita soja guardada nos armazéns ainda e houve um atraso na retirada devido ao mercado, pois o pessoal não vendeu, deixou para depois e o preço caiu”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Silvano Felipetto.  

Silvano detalhou que a soja que não foi vendida na última colheita também acabou prejudicando a armazenagem do milho. “Chegou à safrinha do milho e o pessoal estava tirando a soja ainda. Isso gera transtorno e vai atrasando. Houve uma safra grande, bem maior que ano passado. Graças a Deus colhemos muito bem, ao contrário do ano passado. É um problema muito antigo (falta de armazém) no Mato Grosso, estamos vendo em Nova Mutum também”, revelou. 

O presidente destaca que gerando inflação do preço da armazenagem do produto, além da preocupação dos produtores com a chuva. “Gera um prejuízo para o dono do armazém e para o produtor que não tem onde colocar, pois irá pagar mais caro no armazenamento. Estamos no mercado livre, quanto menos armazém para colocar o produto dentro sobe o preço. Temos previsão de chuva e isso começa a preocupar, mas acredito que até o final do mês não veremos mais esse milho fora”, finalizou. 

O diretor da Cooavil, Anderson Oro, ressaltou que o milho já está vendido e que deve ser despachado nos próximos meses. “Tivemos dificuldades quanto a espaço, porque a safra concentrou muito e estávamos com armazéns com bastante soja, devido a qualidade, já que a soja estava com uma qualidade um pouco inferior e não conseguimos embarcar ela no prazo. A nossa preocupação era tirar o milho da roça, acabamos jogando fora, mas é um milho que já está vendido e possui uma logística para ser embarcado nos meses de agosto e setembro”. 

Por fim, Anderson também falou sobre as preocupações com as possíveis chuvas. “Estamos com 95% da safra colhida, então já estamos nos finalmente. Agora é preparar o embarque para antes de setembro não ter problemas de chover no milho. Sabemos que no Mato Grosso duas safras boas o que tem de armazenagem não suporta. A logística, aumento do diesel encareceu o frete, então tentam ter um programa diferenciado para embarcar menos na safra”, finalizou. 

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