A Polícia Civil informou, hoje, que cumpriu as ordens judiciais em Rondonópolis e Pedra Preta e Goiânia, em Goiás, em 13 mandados de buscas, 12 bloqueios de veículos dos investigados, quatro sequestros de imóveis, uma suspensão de escritório de contabilidade, além do bloqueio de contas bancárias no valor correspondente ao crédito tributário devido, de R$ 42 milhões. A operação ‘bomba fantasma’ desarticulou grupo formados por empresários do segmento de combustíveis e empresas de transportes, que vendia notas fiscais a transportadoras para aproveitamento de crédito fiscal e fraudava o fisco.
Com um dos investigados, em um posto, foi apreendida pistola, cerca de 70 munições e, com os demais, aparelhos eletroeletrônicos e documentos contábeis.
A Delegacia de Crimes Fazendários identificou as fraudes tributárias e o delegado Rafael Scatolon solicitou os mandados para a 14ª Promotoria de Cuiabá que foram deferidos pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, de Cuiabá.
Foi identificado que, em 2018, pelo menos quatro postos de combustíveis venderam milhares de litros de diesel a transportadoras, sem a efetiva circulação da mercadoria, ou seja, sem o abastecimento na bomba. A auditoria da Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços da secretaria estadual de Fazenda e o aprofundamento das investigações demonstraram que dos quatro postos, três pertencem ao mesmo grupo de empresários e um posto, localizado em Alto Garças, no Sul do Estado, “foi responsável pela venda de mais de 10 milhões de litros de óleo diesel, sem que fosse adquirido um único litro para seu estoque, reforçando apenas a venda da nota fiscal fictícia”, informa a Polícia Civil.
Segundo o delegado titular da Delegacia Fazendária, Walter de Melo Fonseca Júnior, a investigação conseguiu identificar que o grupo econômico contava com a participação direta de um escritório de contabilidade, que funcionava como um “QG” para emitir notas fiscais das vendas realizadas.
A assessoria também informa que a Polícia Civil apurou que transportadoras foram beneficiadas com o esquema criminoso, sendo que três delas pertencem a um mesmo grupo econômico. Nesta fase da operação não houve prisões.