O prefeito Leandro Félix afirmou que deve ficar pronto ainda em julho o projeto feito por uma empresa particular para adequação, por meio de uma obra em pista dupla, na rodovia BR-163 com entroncamento da avenida Mutum. De acordo com o gestor, com o projeto em mãos, a ideia é buscar aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e conseguir recursos por meio de emendas.
“Estamos fazendo, por conta, um projeto de acesso da cidade. Esse projeto fica pronto no final de julho. Já está sendo discutido com a Rota Oeste, para a gente poder levar isso para a ANTT e, se aprovado, iremos fazer um trabalho conjunto, com município, iniciativa privada e o governo federal, através de emendas. Para a gente poder executar, pelo menos, o acesso na cidade e assim diminuir o risco dos trabalhadores que estão atravessando a BR”, afirmou Leandro, em entrevista à CBN Cuiabá.
Na avaliação do gestor, a BR-163, atualmente, é o grande problema das cidades do Médio Norte. “Do posto Gil até Sinop o trânsito é absurdo. Cada vez que a gente pensa em ir para Cuiabá o cuidado é redobrado. A gente tem que dirigir pela gente e pelo outro. Já era para ter resolvido há muito tempo, mas o que empata no Brasil é a burocracia. Passaram os governos Dilma, Temer e Bolsonaro e ainda não conseguiram rescindir o contrato com a Rota do Oeste”, criticou.
No início de junho, o processo de devolução amigável da concessão do trecho da BR-163 entre Sinop e Itiquira foi aprovado na 21ª reunião do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) do Governo Federal. Agora, o último estágio é o decreto a ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, encerrando o contrato. Com a rescisão, será realizada nova licitação.
“Está na mesa do presidente para decretar a rescisão para relicitar a obra. Qual seria o trâmite normal? O governo federal assinando, a gente teremos 90 dias para que a ANTT faça um termo aditivo com a concessionária para que ela fique pelo prazo de dois anos, até que seja feito um novo estudo do trajeto. Depois, achar um novo interessado e fazer nova licitação para duplicar. É uma coisa que está fora do nosso controle. Só nos cabe relembrar sempre, não deixar o assunto morrer”, destacou Leandro.
Para ele, uma solução seria a estadualização da rodovia federal. “Na minha opinião, o governo estadual deveria abraçar a rodovia, igual fez com a ferrovia. Estadualizar esse trecho da BR-163, trazer para dentro e aí eu tenho certeza que vai acontecer. No federal, o andamento das coisas é muito diferente do nosso estado. Nosso estado cresce muito rápido. O governo federal é um ‘transatlântico’ que leva anos para se mover”, concluiu.
O contrato da BR-163 foi iniciado entre 2013 e 2014. A rodovia é responsável pelo escoamento da maioria dos produtos do agronegócio do país. A estimativa é de que 14 milhões de toneladas de produtos transitem este ano pela rodovia.