O comandante geral da Polícia Militar no Estado, coronel Alexandre Corrêa Mendes, declarou ao Só Notícias, que concorda com uso das tecnologias de monitoramento corporal em agentes que atuem pela segurança pública, com a finalidade de auxiliar no cumprimento da preservação da ordem, porém, afirma que é preciso avaliar o ambiente e aplicações do equipamento de forma válida.
“Antes de qualquer coisa, precisamos priorizar que todo o policial deve estar com seu equipamento de proteção individual. Não podemos trabalhar com as câmeras num cenário onde o militar não tem um colete balístico, granadas de gás ou mesmo armas não letais, como um taser, para lidar com pessoas com transtornos mentais, alcoolizadas ou drogadas. Para aqueles que insistem que colocar os aparelhos resolverá o problema na segurança pública, é preciso antes estabelecer bem o propósito”, ponderou Mendes.
O comandante defendeu estudos mais aprofundados não só para implementação das câmeras. “Estamos falando de uma projeção de custos altos, principalmente quanto à definição do software e servidores de armazenamento dessas imagens, que em casos como uma tentativa de homicídio seriam mantidas por dezenas de anos”.
Quanto a ocorrências de abuso de autoridade, Alexandre Mendes ressalta que é preciso buscar “investimentos na formação técnica, mas também temos meios de controle e fiscalização como Ministério Público, a corregedoria, departamentos de justiça e disciplina em todas a unidades militares, comandantes de cada região que poderão apurar os fatos. Mas haverá abordagens onde não poderemos levar flores, temos aí casos absurdos de violência urbana onde se a Polícia Militar não atender os casos com firmeza, a bandidagem vai tomar conta”.
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