A justiça decidiu manter na cadeia o principal suspeito de assassinar João Maria Monsson, 62 anos, em março de 2012, no assentamento Keno, cerca de 30 quilômetros de Cláudia (93 km de Sinop). De acordo com a Polícia Civil, João foi atingido por vários golpes de foice na cabeça, costas, braço e mão, que foi decepada.
O suspeito de cometer o crime ficou foragido por vários anos, até que acabou sendo preso, mês passado, após sofrer acidente de trânsito, em Rondonópolis. A defesa alegou que o réu voltou para Rondonópolis por temer vingança por parte da família da vítima. Também afirmou que o acusado tem emprego lícito desde 2012, primariedade e bons antecedentes.
Para a juíza Thatiana dos Santos, da comarca de Cláudia, a prisão está calcada na constatação dos pressupostos da materialidade e dos indícios suficientes de autoria, na gravidade concreta do crime, uma vez que o delito foi praticado com extrema violência e cometido, supostamente, por motivo fútil, de modo que a custódia cautelar se mostra necessária e adequada como forma de resguardar a ordem pública.
“O crime cometido pelo acusado – homicídio consumado – é extremamente grave, uma vez que atenta contra a ordem pública, a tranquilidade da população, devendo a prisão ser mantida por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Desta forma, tenho que estão presentes os pressupostos da prisão cautelar, eis que há prova da existência dos crimes e indícios suficientes de autoria, conforme citado na decisão que decretou a prisão preventiva”, afirmou a magistrada.
Informações de testemunhas apontam que o suspeito saiu correndo atrás da vítima, em um matagal e a atingiu com os golpes de foice. Ele fugiu em uma moto, modelo não informado, levando a foice. Atualmente, está preso na penitenciária Mata Grande, em Rondonópolis.