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Secretário prevê que Mato Grosso deixa de arrecadar R$ 1 bilhão com projeto aprovado no Senado

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Só Notícias (foto: Só Notícias/Guilherme Araujo/arquivo)

O secretário-chefe da Casa Civil, Rogério Gallo, afirmou hoje, que a discussão sobre redução de ICMS no Congresso Nacional é importante para reduzir o peso da carga tributária para os cidadãos mas precisa ser pautada de forma técnica, e com garantia de que chegará ao consumidor na forma de redução de preço. Ele estima que o projeto que fixa teto para o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, aprovado, hoje, pelo Senado, fará com que o Estado deixe de arrecadar cerca de R$ 1 bilhão ao ano. A medida ainda vai a sanção do presidente Bolsonaro.

A maior parte das reduções aprovadas pelo Congresso já estava em vigor em Mato Grosso, desde o início do ano, porque o governador Mauro Mendes reduziu, por iniciativa própria, o ICMS da energia (27% para 17%), telefonia e internet (30% para 17%), gasolina (25% para 23%), diesel (17% para 16%) e gás industrial (17% para 12%), abrindo mão de R$ 1,2 bilhão em receita que ficou no bolso do cidadão.

“O único item acima dos 17% em Mato Grosso é a gasolina e ainda assim tem o menor ICMS dos estados. Aqui nós incentivamos o etanol, com 12,5%, porque é uma cadeia que gera muitos empregos no Estado, ao contrário da gasolina, que só gera emprego e lucro no exterior. Incentivar a gasolina torna o etanol menos competitivo”, analisou.

Para o secretário, o projeto é problemático por não trazer nenhuma garantia que o preço dos combustíveis será reduzido na bomba. “Nós congelamos o ICMS desde novembro de 2021 e o preço não diminuiu. Reduzimos o ICMS da gasolina e do diesel e o preço não diminuiu. E não diminuiu por conta da Petrobras, que segue a política de preços praticada no mercado. Quem garante que com essa redução o preço vai reduzir ?”, questionou.

A cobrança do Governo, conforme Gallo, é para que essa perda de receita e de investimentos em áreas essenciais não se torne em vão.  “Esses valores que não serão arrecadados deixam de ser investidos em Educação, Saúde, Segurança, Social, e outras áreas. O nosso temor é que, novamente, a redução vire margem de lucro dos acionistas da Petrobras, que tem batido recordes de lucros às custas de penalizar o cidadão com preços estratosféricos”, apontou.

 

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