A Polícia Civil informou, hoje, que prendeu, por ordem judicial, um comerciante de 40 anos, em Alto Paraguai (230 km ao Médio Norte de Cuiabá), investigado pelo estupro de uma adolescente, atualmente com 13 anos, e que trabalhava como menor aprendiz na empresa do investigado. Policiais de Diamantino apreenderam uma arma, munições e três aparelhos celulares na casa e empresa do suspeito.
A mãe da vítima declarou aos policiais que trabalhou na empresa e que a filha, ainda criança, a acompanhava no local. Quando a menina fez 12 anos, o comerciante passou a demonstrar um comportamento com a adolescente que refletia desejo e não apenas carinho. Ainda de acordo com a polícia, mesmo após a mãe retirá-la do trabalho quando soube do ocorrido, o suspeito continuou mantendo contato com a menor, “persuadindo a garota de que se separaria para ter um relacionamento com ela e que não iria preso, pois tinha dinheiro. Após o registro da ocorrência feito pela mãe, o suspeito disse à adolescente para negar os fatos na delegacia”.
Há algumas semanas, a Polícia Civil recebeu denúncia que a adolescente havia voltado a trabalhar no mercado do suspeito, fazendo diárias em fins de semana, e que a mãe havia recebido dinheiro para que se calasse diante do crime ocorrido e que teria sido ameaçada para não denunciá-lo.
O delegado Marcos Martins Bruzzi requereu à justiça pela prisão preventiva e buscas também de aparelhos celulares, que foram apreendidos. “Ele estava com um revólver municiado”, “foram encontradas várias munições e cápsulas e encontramos vários adolescentes trabalhando no estabelecimento”, explicou o delegado, através da assessoria.
Além do inquérito sobre o estupro da adolescente, ele é alvo de outra investigação sobre o abuso sexual contra duas adolescentes.