O homem, de 38 anos, foi preso, hoje, por policiais civis da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos durante a operação Calibre 12, em um hotel em Sinop. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa articulada para roubos de carga em cidades de São Paulo, como Ribeirão Preto, Sertãozinho, Bebedouro e outras. A quadrilha ainda agia com receptação e lavagem de dinheiro.
A investigação se estendeu por 10 meses e foi feita pela Polícia Civil de SP, através da Divisão Especializada de Investigações Criminais e Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior, com apoio da DERF de Sinop. Ao todo, outros 15 mandados de prisão foram cumpridos em SP e 20 de busca e apreensão.
As investigações propiciaram a descoberta dos líderes, dos executores dos roubos, dos responsáveis pela lavagem do dinheiro ilícito auferido com as práticas criminosas, bem como dos receptadores. Além das prisões temporárias e dos mandados de busca e apreensão, foram deferidos bloqueios de bens.
De acordo com o delegado da DERF em Sinop, Victor Hugo Caetano de Freitas, o líder tinha uma empresa, que prestava serviços no município. “Esse criminoso tem um modus operandi diferenciado. Ele já tinha uma empresa terceirizada, que prestava serviços aqui na cidade, então provavelmente isso é uma forma de lavagem de dinheiro”, explicou.
Também segundo o delegado, houve trabalho forte de investigação dos policiais de Sinop para o identificar e prender. “Atuava de forma sorrateira, não se identificava facilmente. Ele atuava por trás dos crimes, organizando, dando suporte aos executores dos roubos e ficava com o proveito desses crimes”, disse.
Agora, o suspeito será encaminhado à penitenciária Ferrugem. “Ele está preso temporariamente por 30 dias, vai permanecer em Sinop e aí fica a cargo da Polícia Civil de São Paulo, Poder Judiciário de lá, para ver a prorrogação, transferência, essas questões de continuidade das investigações lá”, acrescentou.
Os policiais apreenderam um celular, um notebook (que serão encaminhados para análises) e uma caminhonete, que estava com bloqueio. “Roubo de carga alertamos a população que é uma prioridade para nós, sabemos que é um crime que ocorre muito em nossa região, principalmente em relação a grãos. A Polícia Civil aqui tem uma atuação muito marcante e prioritária nesse crime”, finalizou Freitas.
Ao todo, em ambos os estados, 84 policiais civis participam da ação, com 21 viaturas. O nome da operação se deve ao fato dos envolvidos utilizarem, em todos os roubos, carabinas calibre 12, empregando violência e grave ameaça às vítimas, as quais geralmente são mantidas em cativeiro, enquanto a subtração das cargas é realizada.
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