O papa Francisco deixou mais uma lição nobre e grande sabedoria, em entrevista para a Globo, ao alertar todos – as mais diversas forças religiosas, a sociedade e também o governo: "É preciso estimular uma cultura de encontro, em todo o mundo. De modo que cada um sinta a necessidade de dar à humanidade os valores éticos que a humidade necessita. E defender esta realidade humana. Nesse aspecto, acho que é importante que todos trabalhemos pelos outros, reduzindo o egoismo, um trabalho pelos outros segundo os valores da sua fé. Cada religião tem suas crenças. Mas, dentro dos valores da sua própria fé, trabalhar pelo próximo. E nos encontrarmos para trabalhar pelos outros. Se há uma criança que tem fome e não tem educação, o que nos deve mobilizar é que deixe de ter fome e tenha educação. Se essa educação virá dos católicos ou protestantes, dos ortodoxos, dos judeus, a mim não me importa. O que me importa é que o eduquem e saciem sua fome. Temos que chegar a um acordo sobre isso. Hoje a urgência é de tal ordem que não podemos brigar entre nós, à usta dos sofrimentos alheios. Primeiro trabalhar pelo próximo, depois conversas entre nós, com muita grandeza, levando a fé de cada um, buscando nos entendermos. Acredito que as diversas religiões não podem dormir tranquilas enquanto exista uma única criança que morra de fome ou sem educação, um só jovem ou idoso sem atendimento médico. Vamos ser julgados por estas obras de misericórdia", ensinou o sumo pontífice.