O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou que Mato Grosso está apto a suspender a vacinação após a etapa de novembro deste ano se preparando para mudar o status para livres de febre aftosa sem vacinação. A partir é que a partir de 2023, Mato Grosso terá abertura de novos mercados, entre eles o europeu, a Coreia do Sul e o Japão, é o que destaca a presidente do INDEA (Instituto Mato-grossense de Defesa Agropecuária), Emanuele Almeida. Há 26 anos Mato Grosso não registra nenhum caso da doença. “O fim da vacinação em Mato Grosso é um avanço para o melhor nível sanitário existente. Além da redução do custo com a aquisição da vacina, haverá a valorização da carne mato-grossense”, destaca.
Além de Mato Grosso, mais cinco Estados também conseguiram evoluir o status sanitário e suspender a vacinação a partir de 2023. A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Em março, o INDEA passou por auditoria do ministério para avaliar se implementou o plano de ação que visa ajustar as não conformidades apontadas na auditoria realizada em maio de 2021. Conforme a presidente, a autarquia buscou cumprir integralmente os apontamentos. Além disso, houve investimento do Governo de Mato Grosso com a realização do concurso público para aumentar o número de servidores, e aquisição de novas caminhonetes para dar melhores condições aos servidores no interior. Há também a parceria com os fundos para a aquisição de equipamentos, mobiliário e reforma das unidades do Indea.
Atualmente, no Brasil, somente Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) exige a suspensão da vacinação e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses, informa a assessoria.