A CPI da Energisa na Assembleia Legislativa ajuizará ação para tentar barrar o aumento de 20,36% nas contas de energia em Mato Grosso, que vigorou este mês, após liberação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e passou a ser cobrado de 1,56 milhão de unidades consumidoras no Mato Grosso. Os mato-grossenses classificados ‘baixa tensão em média’ estão pagando 21,62% a mais. Os classificados em ‘alta tensão em média’ tiveram aumento de 24,96%. O efeito Médio para o consumidor é de 22,55% a mais nas caras tarifas.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado Elizeu Nascimento (PL), disse a ação contra a Aneel já está pronta e será protocolada no Tribunal de Justiça, nos próximos dias. “Nós não podemos permitir que a Aneel continue com esses aumentos abusivos. A CPI da Energisa decidiu que vai entrar com o processo para buscar suspender essa decisão que pretende aumentar a fatura de energia em 22% em Mato Grosso”, declarou à Gazeta Digital.
Há poucos dias, o presidente da Energisa, Riberto José Barbanera, depôs na CPI sobre os reajustes abusivos nas tarifas e denúncias de supostas irregularidades, além de instabilidade no fornecimento de energia (oscilações) em várias cidades. “Vamos fechar o relatório após a oitiva com o diretor presidente, onde fizeram várias indagações sobre os casos de pessoas que ficaram uma semana sem energia no interior, denúncias sobre relógios e medidores e adulterados, baixo efetivo de servidores. Vamos encerrar o relatório e tudo isso tem que ser responsabilizado”, disse o deputado.
A CPI foi instaurada após consumidores criarem uma petição online, com mais de 14 mil assinaturas, solicitando que a concessionária fosse investigada pelo valor da tarifa de energia.