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Bebê passa por cirurgia de oito horas em Mato Grosso para correção de deformidade no crânio

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Após ação movida pela Defensoria Pública, a família de L.A. dos S., que tem apenas 8 meses de vida, conseguiu, na última sexta-feira (15), a realização da cirurgia de correção do quadro clínico de craniossinostose, uma deformidade no crânio que pode levar à morte ou a sequelas irreversíveis. O procedimento foi feito no Hospital e Maternidade São Lucas, em Primavera do Leste (237 km de Cuiabá).

No dia 4 de fevereiro, tão logo tomou conhecimento do caso, o defensor público Nelson Gonçalves de Souza Júnior, titular da 6ª Defensoria Pública de Primavera do Leste, ingressou com uma ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência, solicitando que o município e o Estado realizassem o procedimento.

“Conforme se depreende da documentação acostada nos autos, a requerente é criança, diagnosticada com craniossinostose, uma anormalidade de fusão antecipada dos ossos do crânio, que resulta em uma deformidade craniana e, com isso, o formato da cabeça é muito diferente do padrão”, diz trecho da ação.

A Defensoria Pública solicitou que o tratamento fosse custeado pela rede pública de saúde ou disponibilizado no sistema particular, com o poder público arcando com os custos da internação imediata em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e demais procedimentos na rede privada, sob pena de bloqueio de verbas públicas da quantia necessária.

“Ressalta-se que a criança necessita, com urgência, da disponibilização do procedimento cirúrgico para correção de craniossinostose, ante o risco iminente de danos irreversíveis ao desenvolvimento da criança”, diz trecho de ofício enviado à Secretaria de Saúde de Primavera do Leste.

O diagnóstico de craniossinostose foi confirmado por três médicas, incluindo uma neurologista, prescrevendo a necessidade do procedimento cirúrgico, com urgência. I.S. de S., mãe da criança, conta que notou que o crânio da filha tinha algum tipo de deformidade desde os primeiros meses de vida e, em janeiro, começou a realizar o tratamento na rede pública, mas não teria como pagar pelo procedimento cirúrgico.

“A cirurgia custa mais de R$ 100 mil. Não tenho condições mesmo. Agradeço à Defensoria Pública, foi tudo muito rápido. Graças a Deus, deu tudo certo. O médico ia fazer só a separação do osso, mas Deus é tão bom que ele conseguiu todo o material e fez também a parte da testa”, revelou a mãe.

Segundo a família, o procedimento teve início por volta das 8h, na sexta-feira (15), e durou cerca de sete horas. L.A. dos S. também teve que fazer transfusão de sangue após a cirurgia. A bebê teve alta na terça-feira (19) e está se recuperando em casa. “O doutor que veio fazer o procedimento é de Rondonópolis. Ele é muito caprichoso. Ficou muito bom o corte. O rostinho dela está perfeito. Tá cicatrizando muito bem”, afirmou a mãe, aliviada após o sucesso da cirurgia.

Quando o bebê nasce, o crânio é feito de vários pedaços separados de ossos. Com o tempo, esses ossos se juntam para formar o crânio maduro. Com a craniossinostose, os ossos se fundem antecipadamente – geralmente, antes do bebê nascer – ao invés de juntar-se com o tempo.

O tratamento da craniossinostose geralmente é cirúrgico, e tem como escopo principal corrigir a distorção craniana e evitar a progressão e deformidade craniofacial, impedindo eventuais danos futuros. As informações são da Defensoria Pública.

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