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Judiciário reduz de R$ 500 mil para R$ 166 mil fiança a fazendeiro que matou onça em MT sair da cadeia

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Só Notícias/Editoria com Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

O advogado Anderson Nunes informou, hoje, que obteve liminar no Tribunal de Justiça reduzindo a fiança para que o fazendeiro Benedito Nédio Nunes Rondon saia da cadeia por ter matado uma onça em Poconé (104 km de Cuiabá). O animal aparece morto e com ele deitado ao lado. A gravação foi divulgado em aplicativos de celular e redes sociais. A fiança inicial estipulada pela juíza Kátia Rodrigues Oliveira era de R$ 500 mil (413 salários mínimos) e a nova decisão judicial reduz para R$ 166, 8 mil. “O valor da fiança que tinha sido fixada pela juíza era desproporcional ao que recomenda a lei e ao tipo de crime que meu cliente vem sendo acusado”, disse o advogado ao Gazeta Digital.

A juíza ainda determinou que, sendo paga a fiança, ele será colocado em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica, não poderá frequentar bares e não poderá mudar de endereço sem autorização judicial.

O fato do fazendeiro ter se entregado para a polícia foi apontado pela magistrada, a qual entendeu que demonstrou interesse em assegurar o devido processo penal. “Sendo assim, no presente momento, não há indícios de que o indiciado poderá colocar em risco a instrução criminal ou inviabilizar a aplicação da lei penal, pois, não há elementos concretos que convençam de que o mesmo possa influir negativamente na colheita das provas ou que pretende fugir”, decidiu a juíza, na sentença.

Conforme Só Notícias já informou, na semana passada, a equipe da Delegacia de Poconé em parceria com a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) montou uma força-tarefa na região para localizar o suspeito que estava foragido desde o início do mês. Segundo o delegado de Poconé, Maurício Maciel Pereira Júnior, no período em que esteve foragido, o fazendeiro estava no Mato Grosso do Sul.

Além da morte do animal silvestre, o acusado também deve responder por guardar produtos oriundos de animal silvestre, porte ilegal de arma de fogo e posse irregular de arma.

O fazendeiro teve a prisão preventiva decretada com base nas investigações da Polícia Civil em razão de um vídeo que circulou na internet, em que aparecia ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal. Durante a filmagem, o suspeito confessa o crime dizendo que matou a onça, e ainda vilipendia o corpo do animal silvestre, dizendo que “não valia nada” e que, se fosse uma fêmea, “aproveitaria para ter relações sexuais”.

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