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Polícia Federal faz no Nortão operação autorizada pela justiça federal de Sinop contra desmates ilegais

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Redação Só Notícias (fotos: assessoria)

A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a operação Escudo de Palha para investigar o desmatamento ilegal na terra indígena Menkragnoti, nas proximidades da aldeia Kotori, no município de Peixoto de Azevedo. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Sinop, e as buscas são em Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto, além da cidade de Iporá, em Goiás.

Os mandados cumpridos hoje têm foco nos possíveis participantes dos crimes, dentre eles madeireiros e uma liderança indígena.A investigação teve início em fevereiro, após denúncia recebida pela Fundação Nacional do Índio de Cuiabá, relacionada à extração ilegal de madeira na terra indígena. Segundo a denúncia, nas proximidades da aldeia, havia cerca de dois mil metros cúbicos de madeiras cortadas e prontas para serem retiradas. Ainda, que os madeireiros da cidade de Peixoto de Azevedo teriam cooptado as lideranças indígenas da aldeia Kororoti, ofertando cerca de R$ 70 mil para a retirada dessa madeira.

Com base na denúncia, no mesmo mês, foi realizada uma ação conjunta entre Polícia Federal, secretaria de Estado de Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, e Delegacia Especializada de Meio Ambiente, que se deslocaram até o local e detectaram, após sobrevoo de helicóptero, o desmatamento e a existência de madeiras cortadas.

Na ocasião, dentro da terra indígena e nos seus arredores, foram realizadas apreensões de arma e veículos pelo IBAMA. Devido às condições de conservação dos veículos, associado ao fato dos locais em que foram encontrados serem de difícil acesso e com a finalidade de cessar o crime ambiental, os mesmos foram inutilizados.

Os investigados podem responder pelos crimes ambientais de desmatamento e óbice a ação fiscalizadora do poder público, com penas de até quatro anos de reclusão e três anos de detenção, respectivamente, e associação criminosa, com pena de até três anos de reclusão, dentre outros crimes.

O nome da operação, Escudo de Palha, é decorrente da aparente proteção que os indígenas locais empreendiam em favor da floresta, quando na verdade a proteção era facilmente sobrepujada por suborno em favor de liderança local.

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