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Madeireiro é preso pela Polícia Federal na região de Juína em operação para combater crimes ambientais

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Redação Só Notícias (fotos: assessoria)

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis efetuou, ontem, a prisão em flagrante de um empresário madeireiro na cidade de Juína (446 quilômetros de Sinop) durante fiscalização realizada no âmbito da operação Onipresente que visa combater crimes ambientais no Norte de Mato Grosso e que, agora, passa a ser uma operação de ação contínua.

A investigação começou a partir dos quinze dias de trabalho na operação realizadas no mês passado. Na ocasião, foram encontradas várias toras cortadas na terra indígena Serra Morena e que, certamente, seriam posteriormente retiradas por caminhões e levadas para madeireiras. As toras foram fotografadas e registradas pelos policiais federais e fiscais do Ibama. Uma das toras registradas foi encontrada na madeireira fiscalizada e o empresário, que não possuía documentação da madeira, foi preso em flagrante.

Paralelamente, houve também nova fiscalização na terra indígena onde um trator utilizado pelos criminosos para colocar as toras nos caminhões foi encontrado em uma região de desmatamento. Devido às condições de conservação do veículo e o local de difícil acesso em que foi encontrado, foi realizada a sua inutilização com a finalidade de cessar o crime ambiental.

Uma outra pá carregadeira, usada para o mesmo fim, foi encontrada escondida em uma fazenda localizada ao lado da terra indígena Serra Morena. Esta foi apreendida pelo Ibama e destinada à prefeitura de Juína

Onipresente é uma operação conjunta entre Polícia Federal e Ibama pertencente ao programa Guardiões do Bioma, do governo Federal.

Conforme Só Notícias já informou, nas ações em março foram apreendidos documentos, celulares, sete escavadeiras hidráulicas, três caminhões, sete tratores, doze motocicletas e trinta motores estacionários utilizados na lavagem do solo, além da destruição de diversos acampamentos que davam suporte para os crimes.

Os trabalhos foram realizados durante 15 dias em 21 pontos localizados na terra indígena Aripuanã localizada entre os municípios de Juína e Aripuanã (etnia Cinta Larga), terra indígena Menkü no município de Brasnorte (etnia Menķü) e no Parque Nacional do Xingu em Feliz Natal (etnia Ikpeng).

Durante a Onipresente foi descoberta a atuação de um servidor da Fundação Nacional do Índio, que passava informações a garimpeiros para que escapassem da ação policial. Com uma rápida investigação, foi possível a realização da Operação Ato Reflexo que resultou na prisão desse servidor e de uma liderança indígena que recebia 20% de todo ouro extraído da área protegida.

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