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Tribunal mantém na cadeia acusado de matar dono de lotérica em Sorriso

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Só Notícias/Herbert de Souza

O Tribunal de Justiça decidiu manter na cadeia o principal suspeito de assassinar Pedro Rossi Neto, de 45 anos. O empresário, que era dono de uma lotérica, foi morto a tiros, em novembro do ano passado, na própria fazenda, na região da linha Pontal do Verde. O acusado de cometer o crime é um ex-funcionário da propriedade e foi preso em janeiro deste ano.

Para a defesa, no entanto, a Justiça de Sorriso não demonstrou os requisitos legais para manutenção da prisão, ou seja, de que o réu possuiria “elevada periculosidade” ou que se dedicaria a atividades criminosas. A defesa também citou no habeas corpus a colaboração do suspeito durante o cumprimento do mandado de prisão e que o homem é réu primário, tem bons antecedentes, é mantenedor de residência fixa e tem ocupação lícita.

A defesa ainda argumentou que os indícios de autoria são “bastante frágeis, pois as investigações deflagradas tiveram origem após algumas testemunhas relatarem que teriam ficado sabendo que o réu discutiu com a vítima do homicídio e que teria apagado algumas mensagens de WhatsApp”. Para a defesa, “além de não ter havido flagrante delito, nenhuma das referidas testemunhas teria presenciado, de fato, qualquer conduta ilícita por parte do paciente”. O advogado ainda afirmou que Pedro “era dependente químico, colecionava atos ilícitos e possuía inúmeros desafetos e inimigos, fatos que foram completamente ignorados pela autoridade policial”.

Para os desembargadores da Terceira Câmara Criminal, porém, as evidências apontam o possível envolvimento do réu no crime, o que é suficiente para a decretação da prisão preventiva. Por sua vez, no que concerne ao periculum libertatis, verifico que o magistrado singular justificou adequadamente em suas razões de decidir encontrar-se evidenciado na necessidade de acautelar a ordem pública, notadamente diante da gravidade concreta da conduta perpetrada pelo paciente que, aparentemente, com premeditação, mediante emboscada, recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo fútil, teria ceifado a vida de seu ex-patrão”, comentou o relator, desembargador Gilberto Giraldelli.

Conforme Só Notícias já informou, indícios apontam que a vítima e o suspeito discutiram inúmeras vezes em decorrência da chácara (onde Pedro foi encontrado) e de animais. Foi constatado durante as investigações que o suspeito fez campana em frente a propriedade e, quando Pedro estava saindo, durante a noite, foi abordado no momento que descia de sua Ford Ranger, para abrir a porteira, e atingido por tiros.

Pedro ainda conseguiu retornar para a caminhonete e foi encontrado morto, na manhã do dia 24, atingido por ao menos quatro tiros no tórax. A caminhonete parou a cerca de 150 metros da porteira.

Pedro era proprietário de uma lotérica em Sorriso, casado e tinha um filho. Ele foi sepultado em 25 de novembro em Sorriso.

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