Dez alunas da Escola Municipal Vinícius de Moraes venceram o torneio de robótica, o First Lego League (FLL), regional do Distrito Federal, realizado há poucos dias, sendo o primeiro dia de forma virtual e o segundo presencialmente. As alunas do 5º ano do ensino fundamental, todas com 10 anos de idade, participaram dos desafios de robótica na capital federal após muito treino e aprendizado em sala de aula e foram campeãs na categoria “Estrela Iniciante”. Entre as 18 equipes, a escola de Lucas foi a única municipal a participar.
“Apresentamos nosso projeto sobre carga e descarga que criamos para facilitar a vida dos caminhoneiros, para eles não ficarem parados nas rodovias, o que acaba gerando vários problemas, como os acidentes. Já tem empresas que estão interessadas no nosso projeto”, contou a aluna Emely Caroline da Silva Santos. As Mega Gênias também já se preparam para outros projetos envolvendo pesquisa e robótica, além de incentivar a participação de outras escolas do município nos projetos de robótica.
As professoras Katia Mundin e Marcia Botim coordenaram a equipe, que começou os treinos intensivos para o torneio em fevereiro. “Foi muito gratificante participar. Com muita dedicação das meninas, as famílias acreditaram no projeto, além da comunidade escolar, que entendeu que a robótica não se faz sozinha e que não é apenas uma aula de informática isolada”, analisou Katia, destacando que o apoio do poder público e dos familiares das estudantes foi muito importante para o resultado. Ela também ficou entre os cinco indicados ao prêmio de “Mentor Destaque” da FLL.
A FLL tem como base valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável. Nos torneios, colocam-se em prática o relacionamento interpessoal, a criatividade e o protagonismo dos alunos.
As vencedoras foram recebidas, na prefeitura, pelo prefeito Miguel Vaz. “É um projeto que chama a atenção e que pode contribuir muito para o desenvolvimento econômico do município, com esses arranjos tecnológicos voltados para cargas, contêineres, tudo já prospectando o futuro, que são as ferrovias em nosso município”, disse o gestor, que parabenizou a equipe pela participação premiada das meninas e pontuou a importância de trabalhar com a tecnologia a favor de solucionar problemas do cotidiano.
“Isso é muito forte por ser a única escola pública participando desse importante evento. Veja como a escola pública tem avançado nessa questão tecnológica. Parabéns para nossas crianças, que representaram nossa cidade muito bem”, acrescentou.
As alunas desenvolverão dentro da escola um clube de programação para multiplicar os conhecimentos adquiridos, além de incentivar ainda mais a participação de outras meninas no estudo da programação. “Vamos participar do torneio mundial Microbit, estamos trabalhando no projeto desse computador de mão, o Microbit, e através de uma linguagem de programação, com um custo bem mais barato ao agricultor, fazer a medição da umidade da soja”, explicou a professora Katia sobre um dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos.
Outra pesquisa que caminha em paralelo é para sanar o problema de carga e descarga no Brasil, com foco para a região, que tem como forte o transporte de grãos. As meninas notaram as enormes filas causadas por conta do transporte de grãos no município e que os armazéns não comportam o volume de caminhões. As filas são por ordem de chegada, podendo muitas vezes afetar a saúde do motorista, situação percebida pelas estudantes. A ideia agora é trabalhar em um aplicativo, por meio de parcerias público-privadas, e fazer de forma gratuita essa organização.
“Foi uma grande experiência para a gente que nunca tinha saído do nosso município. No ano passado, os meninos participaram e as meninas não, então decidimos participar esse ano. Estudamos e escrevemos muito para chegar onde chegamos, e conseguimos levar o troféu iniciante”, comemorou a aluna Lara Leite Nogueira.
A informação é da assessoria da prefeitura.