Os deputados João Batista (PP) e Elizeu Nascimento (União) defenderam, esta tarde, os policiais militares presos na Operação Simulacrum, deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, acusados de homicídios de envolvidos ou investigados em crimes.
Elizeu disse que uma operação como esta atinge a saúde mental dos policiais e desmotiva o patrulhamento e a troca de tirou com bandidos. “Daqui a pouco, a polícia tem que tomar tiro na cara. Dificulta ser policial em Mato Grosso”, diz.
Ele defende a reação de policiais. “Levantou a arma para polícia, tem que tomar tiro, vagabundo tem que ser tratado desta forma”, defendeu, em discurso na tribuna da Assembleia.
Policial militar aposentado, Elizeu disse que infelizmente se vive uma inversão de valores. “Marginais que matam e estupram vivem poucos dias na cadeia e facções cada dia estão assumindo poder na comunidade”, declarou.
“A polícia, a cada dia que passa, está mais engessada. Muitos são excelentes policiais. Cada dia que passa é mais difícil ser polícia com inversão de valores”, reforçou Nascimento, que preside a Comissão de Segurança da Assembleia e reiterou que vai pedir acompanhamento diário da situação.
Policial penal, o deputado João Batista disse que conhece a maioria dos policiais acusados. “Solicito que passe informações. Não existe nenhuma denúncia contra eles de tráfico de drogas e roubos, são denúncias de confrontos. A grande maioria, são amigos, tem meu respeito e admiração”, defendeu o parlamentar.
A Operação Simulacrum foi feita para cumprir 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares investigados por 24 homicídios, além de 34 mandados de buscas e apreensões e de medidas cautelares diversas, decretadas pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. Os mandados foram solicitados pela Polícia Civil e Ministério Público.