O pró-reitor do campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Sinop, Fabio José Gonçalves, informou aos Só Notícias, que esteve em Brasília, buscando apoio da bancada federal para alocar R$ 10 milhões, no orçamento federal, e colocar em prática o processo emancipatório da instituição. O próximo passo para os parlamentares e tentar audiência com ministros e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Temos uma grande articulação para que a etapa seguinte seja uma reunião com o executivo federal, envolvendo o Ministério da Educação, da Economia e o próprio Palácio do Planalto, com sinalização para que o presidente participe e batamos o martelo na emancipação da universidade. O planejamento deve acontecer nos próximos 50 dias”, descreveu.
O valor, que deverá ser investido anualmente na universidade, terá como foco inicial a abertura de novas vagas de servidores em diversas áreas para encaminhar a emancipação. “Teremos as atribuições de reitor e vice-reitor, que hoje ficam em Cuiabá, e também colocaríamos aqui. Após essa estruturação, também trabalharemos com a expansão na parte acadêmica, como em níveis de graduação e pós-graduação, temos um projeto para doutorados”, expôs.
Fábio também aponta que estão sendo feitos estudos internos, com o auxilio de professores, para avaliar a inserção de novos cursos “que poderão agregar no que já temos disponível em Sinop. Queremos trabalhar nesse primeiro momento complementando os cursos técnicos do Instituto Federal de Mato Grosso, onde os alunos poderão continuar em nível superior na UFMT. Também programaremos audiências públicas para ouvir os diferentes segmentos da sociedade, opinando sobre a definição destes cursos”.
Dentre os pontos benéficos com a Universidade Federal do Norte de Mato Grosso (UFNMT), o gestor destaca “a possibilidade de trabalhar as necessidades regionais com maior eficiência e celeridade, preparando nossos estudantes para o mercado de trabalho. Hoje, se formos propor a abertura de um novo curso deve ser enviada para Cuiabá e, muitas vezes, são pessoas não habituadas com a região que deverão avaliar a viabilidade dessa adição, o impacto que terá dentro da UFMT como um todo, seguindo um caminho burocrático que não se alinha com o que precisamos”.
A longo prazo, também dever ser feita melhor divisão dos recursos da UFMT no Estado, em termos de expansão de infraestrutura física ou tecnológica, além de reformas. “Os serviços englobam o campus sete, campus do Araguaia, a fazenda em Santo Antônio do Leverger, em Santa Carmem, Sinop, e os recursos acabam sendo bastante diluídos. Com a universidade nova, também esperamos uma melhor manutenção do nosso patrimônio e instalações”, concluiu.
A instituição trabalha atualmente com 3,2 mil alunos em graduação e 190 alunos no mestrado. São formados a cada semestre aproximadamente 500 universitários. São ministrados onze cursos entre engenharia florestal, engenharia agrícola e ambiental, agronomia, zootecnia, licenciaturas em ciências naturais, com habilitação em física, química e matemática, enfermagem, farmácia, medicina humana e veterinária.
Ano passado, houve e emancipação da Universidade Federal em Rondonópolis, na região Sul.